“São oito mulheres, eu tô muito feliz. Estou satisfeita? Não, eu quero que a gente chegue à metade do parlamento, um parlamento que seja a cara da população. Somos 52% de mulheres, que tenhamos um parlamento com 52% de mulheres, mas temos que celebrar”, comentou com a imprensa na primeira sessão pós-eleições, nesta terça (8).
Maysa acredita que, com uma bancada feminina, as parlamentares poderão lutar com mais força por pautas que eram negligenciadas anteriormente, em especial pela saúde das mulheres e de famílias atípicas. Ela almeja a criação de uma procuradoria da mulher.
“Eu desejo trazer para a Câmara de Vereadores a Procuradoria da Mulher, que não existe ainda no município de Cuiabá. Temos um município que é recorde, infelizmente, em feminicídios e em violência contra a mulher. Eu acredito que essa bancada feminina pode trazer projetos e pautas que não foram contemplados até hoje, porque são pautas nossas”, destacou.
A vereadora ainda apontou a precariedade no atendimento na saúde das gestantes e no trato da saúde mental na rede pública do município. Ela acredita que a bancada feminina, a partir de 2025, poderá incentivar mais mulheres a pensarem em entrar para a política.
“Em Cuiabá, uma mulher que engravida não sabe nem o sexo do bebê, não tem acesso a um ultrassom. Estamos no ‘básico’. A gente tem que evoluir anos-luz no atendimento a mulheres e crianças, na educação materna das crianças, creche em tempo integral. Essa bancada de oito mulheres vai fazer acontecer e estimular que mais mulheres se conectem com a política e que a gente cresça esse número nas próximas eleições”, sinalizou.
Fonte: leiagora