Garcia explicou que, com servidores mobilizados em ano pré-eleitoral, deputados tendem a aprovar qualquer aumento para evitar desgaste, o que pode desencadear um efeito cascata no Executivo e comprometer a capacidade de investimento do Estado. Por isso, ele pede o apoio das entidades do comércio e dos setores produtivos para respaldar a decisão.
“Porque se você vê esse aumento, está lá os sindicatos mobilizando, levando gente na Assembleia, causa todo aquele clima.. O deputado não quer desgaste, então vota. Já aprovaram, vai vir para o Mauro, para o Mauro vetar, o Mauro vai ter que vetar. E aí a Assembleia que vai analisar se ela mantém o veto do Mauro, ou derruba o veto e faz valer”, disse Garcia, ao conselho da CDL.
“Eu já fui da Federação das Indústrias, né, certo? Assim, a gente pode organizar, para que não seja um negócio específico, uma entidade, mas que as entidades produtivas do Estado de Mato Grosso tenham como prioridade manter a capacidade de investimento do Estado”, completou.
De acordo com a explicação de Fabio, caso o mesmo reajuste fosse oferecido às outras categorias de servidores, geraria um impacto de R$ 1,6 bilhões na folha de pagamento, mais R$ 2 bilhões de impacto previdenciário.
“Para vocês terem uma ideia, isso é mais do que a metade do que a gente arrecada no Estado todo com Fethab, que é o dinheiro que a gente usa para fazer investimento em estrada e ponte”, explicou.
Já se fosse concedido o reajuste de 10% pela recomposição salarial dos servidores, toda a capacidade de investimento do governo do Estado estaria comprometida devido a um impacto de R$ 3,6 bilhões.
“Ninguém queria, eu nunca iria estar apanhando de servidor público, nem o Mauro iria estar apanhando de servidor público. Abrir o Instagram é uma enxurrada de mensagens, de xingamentos, de não sei o quê, de não sei o quê. Mas precisa ser feito.”
Fonte: Olhar Direto






