MATO GROSSO

Mauro prevê grandes danos ao setor madeireiro devido ao aumento das tarifas: análise completa

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O governador Mauro Mendes (União Brasil) avalia que o setor madeireiro será o mais penalizado em Mato Grosso pelo tarifaço do presidente norte-americano Donald Trump ao Brasil. Mauro pontuou que o segmento exporta cerca de 70% do que produz e diferente da pecuária, por exemplo, não tem alternativas para negociar com outros países. No entanto, o governador ressaltou que se a prática se alongar por um longo período de tempo pode refletir sobre outras cadeias, gerando “danos grandes” e instalando um cenário de instabilidade econômica. 

“Os danos serão grandes pois não é só os 50%. Isso pode desestruturar algumas cadeias importantes no Brasil se isso perdurar por muito tempo”, opinou o governador à Jovem Pan News nesta terça-feira (29). 

Atores do governo federal tentam reverter a medida cujo início está prometido para esta sexta-feira (1º). O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) faz interloculação em nome do presidente Lula (PT). Uma comitiva de senadores também está nos Estados Unidos (EUA) em busca de diálogo. 

Enquanto não há previsão de que o tarifaço seja suspenso, Mendes aponta que os empresários se preparam para direcionar a produção outros continentes. O da carne, segundo ele, será o menos afetado. Embora a produção seja pequena no estado, a exportação é o principal destino e as operações continuarão acontecendo para outros mercados. 

“Estamos fazendo uma avaliação e o setor de madeira é um setor que será fortemente impactado. Tem empresas que exportam 70% e terão forte impacto. O setor de carne é pequerno, tem relevância, mas é pequeno e temos alternativas globais em função da característica desse mercado por termos no Brasil players com forte presença em outros mercados e o que deixaremos de mandar ao EUA, com uma certa tranquilidade, poderemos realocar em outros mercados mundiais”, detalhou o governador. 

Mendes prevê que os setor do agronegócio sentirá um impacto maior caso o tarifaço perdure por muitos meses. O setor de combustíveis seguirá a mesma tendência da soja e milho, acredita Mauro. 

“O complexo soja, milho, o etanol vai sofrer algum nível de impacto… existem alguns impactos que poderão ser trabalhados em médio prazo, mas todos trarão consequência prática maior ou menor para esses setores atingidos”, concluiu. 

Fonte: hnt

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