Política

Mauro pressiona Motta e Alcolumbre por posicionamento e apoia negociação de alto nível na Casa Branca

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O governador Mauro Mendes (União) criticou duramente o governo federal pela condução da crise comercial com os Estados Unidos e cobrou os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União), para que se posicionem nas negociações com o governo Trump.

Em entrevista ao Jovem Pan News, nesta segunda-feira (28), Mendes argumentou que o Legislativo é o único poder brasileiro que não está na mira do presidente estadunidense e teria mais facilidade de diálogo com a Casa Branca. No entanto, ao comentar a presença de oito senadores brasileiros que estão em Washington, o governador avaliou que a comitiva não é suficiente.

“Eu acho que Davi Alcolumbre e Hugo Motta, os dois presidentes, que tinham que se apresentar como representantes legítimos de um poder e tentar fazer uma negociação. Por mais que seja louvável esses senadores irem aos Estados Unidos, mas não é a representação oficial. Talvez eles sejam recebidos pelo terceiro escalão do governo americano”, disse Mauro.

Os senadores que se comprometeram em tentar abrir uma frente de diálogo com parlamentares e empresários americanos são Nelsinho Trad (PSD-MS), Tereza Cristina (PP-MS), Jaques Wagner (PT-BA), Marcos Pontes (PL-SP), Rogério Carvalho (PT-SE), Carlos Viana (PODEMOS-MG), Fernando Farias (MDB-AL) e Esperidião Amin (PP-SC).

Nas últimas semanas, Mauro vem alertando para o risco de agravamento da situação econômica do país que, segundo ele, está sendo usado por algumas autoridades como trampolim político para as eleições de 2026.

“É muito lamentável que estejamos vivendo essa crise. O Brasil precisa construir um ambiente de paz. O governo federal tem suas contas públicas em situação muito ruim, e este é um momento que exige foco, não oportunismo”, afirmou o governador na última sexta-feira (25).

Mendes disse que, embora haja culpados pela crise, é a população que deve arcar com as consequências. “Ficar nesse jogo de empurrar a responsabilidade, tentando tirar vantagem eleitoral de um possível colapso econômico, é extremamente prejudicial. Independentemente de quem seja o culpado, todos nós brasileiros poderemos pagar essa conta”, alertou.

O governador cobrou uma postura mais pragmática por parte do Planalto, lembrando que potências econômicas como a China e blocos como a União Europeia já recuaram em disputas semelhantes e buscaram o diálogo.

“Cabe ao governo brasileiro abrir um canal de negociação. Foi eleito para isso, para encontrar os caminhos necessários. Precisa ir lá, negociar e defender o nosso país, em vez de achar que pode tirar proveito eleitoral dessa fumaça momentânea”, disse.

Mauro Mendes também criticou o comportamento de políticos que, segundo ele, enxergam na crise uma oportunidade para se promoverem visando o próximo pleito. “Tem gente olhando para 2026 e achando bom que o caos aumente. Isso é irresponsável. Precisamos olhar para a economia, para os brasileiros e para aquilo que realmente importa. Está faltando compromisso com o Brasil”.

Fonte: leiagora

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