“Grande parte da sociedade se acostumou com isso, perdemos a capacidade de nos indignar com o que está errado. Hoje, falo como governador, mas também como cidadão. Queremos viver numa sociedade mais segura. E para isso, precisamos revisar o Código Penal, que é de 1940. Ele não reflete a realidade da sociedade que temos hoje. Há crimes que nem em sonho existiam naquela época e hoje financiam facções criminosas”, criticou.
Para Mauro, o país perdeu a capacidade de enfrentar com firmeza a escalada da violência. Ao mencionar viagens recentes ao Japão, Coreia do Sul e Portugal, ele comparou a realidade brasileira à de países com baixos índices de criminalidade e defendeu regras mais duras, como penas mais severas e punições proporcionais à gravidade dos crimes.
“Os bandidos perderam o medo do Estado, perderam o medo da punição, da condenação. E essa sensação de impunidade é muito ruim. Fui entender o que fizeram os 20 países mais seguros do mundo e quase todos tiveram regras duras, como prisão perpétua ou pena de morte. O Brasil precisa enfrentar esse debate com coragem”, afirmou.
Sem citar partidos ou nomes, Mauro criticou o discurso vazio que, segundo ele, impera no debate sobre segurança pública. “Frases de efeito já foram ditas nesse país, como se bastassem para enfrentar esse gravíssimo problema. Mas é preciso mais que isso: é preciso coragem para mudar a trajetória e adotar medidas efetivas”, destacou.
O endurecimento da legislação penal, bandeira tradicional da direita, deve ser um dos principais temas da campanha de 2026. Com forte apelo popular, o discurso de Mauro já mira esse eleitorado, buscando se diferenciar como gestor que entrega obras, mas também como político que quer influenciar mudanças estruturais no país.
A fala ocorreu em evento oficial do governo do Estado, mas o tom político foi claro. “Cabe a mim fazer a minha parte, cabe a todos nós, da força de segurança, aplicar a lei. Mas o Congresso precisa fazer a dele”, finalizou.
Fonte: leiagora