O governador Mauro Mendes (União) afirmou que os valores destinados ao duodécimo do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) foram previstos para a abertura de novas Varas no interior e não para bancar reajustes salariais. A declaração foi feita durante o , gravado antes da aprovação, em segundo turno, do projeto que concede aumento de 6,8% aos servidores do Judiciário, nesta quarta-feira (19).
Segundo o governador, a destinação do recurso foi definida no ano passado com objetivo de abrir 35 Varas, o que não ocorreu. “O duodécimo que está lá no Judiciário foi levado para lá o ano passado para abrir 35 varas no interior. Não abriram a vara, não estavam atendendo a população e agora estão dizendo que ia dar aumento”, afirmou.
Mauro voltou a criticar o impacto geral de reajustes concedidos a apenas um Poder, destacando que, se aplicado de forma isonômica aos demais, o custo ultrapassaria R$ 1,6 bilhão anuais, além do impacto atuarial. “Criou uma despesa, você tem que ter uma receita. Se não tem receita nova, você tem que cortar uma despesa existente”, disse.
O governador também ponderou sobre pressão política envolvendo temas salariais no serviço público. “É normal que o político no Legislativo olhe para o seu universo menor e para o voto. Olham mais para o interesse pessoal do que o coletivo”, afirmou.
O TJMT registrou em setembro o segundo maior gasto com salários entre os Poderes estaduais, com desembolso de R$ 117 milhões para remunerar 5.852 servidores ativos. O valor fica atrás apenas da folha do Executivo, de R$ 791,8 milhões. O custo deve subir caso o reajuste aprovado pela Assembleia Legislativa seja sancionado.
Fonte: Olhar Direto






