A declaração foi feita após o questionamento sobre o possível 48º feminicídio do ano, ocorrido em Sinop, onde Jthésica Barbosa Lima, de 27 anos, foi encontrada morta com várias facadas, ao lado do companheiro, que teria cometido suicídio.
Ao comentar o número crescente de mortes, Mauro indicou que há limites para a atuação do estado dentro do ambiente doméstico, especialmente quando não há registros prévios de violência.
“Olha, posso listar para vocês, já está listado isso, dezenas de ações governamentais para coibir esse tipo de crime. Eu não posso colocar um policial dentro da casa”, afirmou.
Segundo o governador, o Estado mantém atualmente cerca de 14 mil mulheres com medidas protetivas.
“Nós temos medida protetiva para 14 mil mulheres. Nós protegemos mais de 14 mil mulheres. Somente três dessas mulheres que receberam medida protetiva que tiveram uma consequência mais grave”, disse, ressaltando que as políticas de proteção têm sido efetivas em grande parte dos casos monitorados.
Mauro também listou as estruturas disponibilizadas pelo governo para acolhimento, prevenção e resposta à violência doméstica.
“Nós temos delegacia 24 horas, nós temos patrulha Maria da Penha, nós temos delegacias treinadas, nós temos proteção na área social, comandado pelo programa Ser Família, da Virgínia [Mendes], para dar amparo às mulheres que queiram sair de casa, não ficar dependendo. Nós temos qualificação para essas mulheres, nós temos, hoje, a polícia do Estado de Mato Grosso está treinada para agir”, afirmou.
“Todos os feminicídios que tiveram em Mato Grosso foram punidos”, enfatizou.
No entanto, Mauro destacou que parte dos crimes é cometida sem qualquer histórico prévio de agressão, o que dificulta ações preventivas.
“Agora, me diga, como é que eu faço para proteger um casal que nunca teve nada, não tem um BO, não tem um boletim de ocorrência, o cara surta e comete um crime?”, questionou.
Fonte: Olhar Direto






