“Olha, me preocupa, mas eu acho que tem que isentar mesmo. Eu sou favorável. O governo federal vai ser o maior prejudicado. E ele vai pagar a conta disso se ele não compensar”, afirmou Mendes nesta terça-feira (25). O governador destacou que, historicamente, erros de gestão resultam em prejuízos para a população. “Se o presidente da República errar mais do que acertar, todos nós, brasileiros, vamos pagar essa conta”, acrescentou.
Mendes avaliou que medidas como a isenção do Imposto de Renda e a desoneração de alimentos não resolvem o problema da inflação e defendeu um controle mais rigoroso dos gastos públicos. “O que faz a inflação cair no país é manter um rígido controle fiscal, o governo gastar menos do que arrecada e mostrar responsabilidade com o dinheiro público. Isso não está acontecendo. Por isso que o juro está estourando”, argumentou.
A proposta de isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil pode gerar uma perda de arrecadação estimada em R$ 5 bilhões para os estados, segundo o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas. Os estados reivindicam que a União detalhe um modelo de recomposição de receitas e garanta que as perdas não se acumulem ao longo dos anos. A arrecadação do Imposto de Renda é compartilhada com os municípios por meio do Fundo de Participação Estadual (FPE) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Barreirinhas minimizou o impacto da proposta e afirmou que a tributação de contribuintes de alta renda deve compensar parte da perda. Ele também defendeu que o aumento do consumo pode beneficiar os cofres estaduais a longo prazo.
Fonte: Olhar Direto