Em 2023, foram computadas 46 mortes, o que demonstra um aumento de 0,5% em 2024. Dentre as vítimas de dois anos atrás, oito detinham medida protetiva. Isso revela que, entre os dois anos, não houve de fato estratégias que pudessem inibir o número de casos no Estado de maneira eficaz.
O levantamento aponta ainda que atrás de Mato Grosso no ranking nacional está o vizinho, Mato Grosso do Sul, com taxa de 2,4/100 mil, o equivalente a 35 registros absolutos em 2024. Seguido do Piauí, com taxa de 2,3/100 mil, que corresponde a 40 mortes. Em quarto lugar está o estado de Roraima, com taxa de 2,0/100 mil, com sete mortes registradas.
A coleta de dados aponta também o número de casos de feminicídios seguidos de suicídio do autor. Mato Grosso também lidera em ocorrências, ao lado de outros dois estados, Piauí e Santa Catarina. No total, oito homens tiraram a própria vida depois de assassinar mulheres.
Vale destacar que ainda em 2024 foi aprovado o chamado “Pacote Anti-feminicídio”, de autoria da senadora por Mato Grosso, Margareth Buzetti (PSD), que tornou mais longa a pena para quem pratica o crime. Todavia, a nova normativa, que passou a valer em 2025, também não tem demonstrado caráter progressivo no combate ao crime, uma vez que só no primeiro semestre deste ano, 28 mulheres foram vítimas de feminicídio em Mato Grosso. Em uma única semana de junho, sete foram mortas.
Em todo o país, o aumento dos feminicídios foi de 0,7%, passando de 1.475 casos, em 2023, para 1.492, em 2024.
Em 2024, 66 mulheres por pouco não perderam suas vidas pelo crime brutal, o que demonstra um percentual de aumento de 8,2% em relação ao ano anterior, quando 60 vítimas também conseguiram escapar do feminicídio.
Fonte: leiagora