Cenário Agro

Mato Grosso projeta recorde de confinamento com quase 1 milhão de bovinos em 2025

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Mato Grosso deve alcançar 928.673 cabeças de bovinos confinados em 2025, o maior volume da série histórica, conforme projeção do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). O avanço de 4,05% em relação a 2024 é resultado da melhor margem do pecuarista, com o boi gordo valorizando acima do milho e elevando a relação de troca para 5,52 sacas por arroba.

Mesmo com a alta de 16,47% no custo da diária, que ficou em R$ 13,79, o confinamento manteve-se competitivo. O Imea destaca que o aumento nas receitas compensou os custos, sustentando a expansão do sistema.

Escala maior por operação

“Nosso levantamento aponta o maior volume de confinamento dos últimos anos. Mesmo com a alta na diária, a relação boi/milho ficou mais favorável e recompôs a margem do confinador”, diz Milena Bezerra, analista de mercado pecuário do Imea.

O Instituto também observou redução na adesão ao confinamento, de 85,65% em 2024 para 69,57% dos entrevistados em 2025. Ainda assim, o volume total cresceu, já que os produtores que permaneceram ampliaram suas escalas. Entre os que deixaram de confinar, 72,73% operam estruturas de até mil cabeças.

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“Vemos menos produtores confinando e mais escala por operação. Ganham espaço o semiconfinamento (29,73%) e a TIP (Terminação Intensiva a Pasto) (8,11%), que entregam resultados próximos ao cocho e ajudam a reduzir custo”, afirma Milena.

Oeste lidera intenções

A região Oeste lidera a intenção de confinamento, com 271,9 mil cabeças, seguida do Norte (195,9 mil), Sudeste (145,3 mil), Médio-Norte (109,9 mil), Centro-Sul (95,4 mil), Nordeste (55,5 mil) e Noroeste (54,6 mil).

Nos insumos da dieta, o farelo de algodão subiu 49,35%, o milho 33,98% e o DDG 20,33%. A demanda do etanol de milho pressionou o cereal, mas a relação de troca mais favorável manteve o confinamento competitivo.

A proteção de preços ainda é tímida: apenas 4,17% dos entrevistados usaram trava a termo e 3,79% recorreram à bolsa. O Imea vê espaço para ampliar o uso do hedge como ferramenta de previsibilidade de margem no setor.

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Fonte: canalrural

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