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Mato Grosso: Mais de 1,7 mil processos por falhas médicas em 9 meses

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Mato Grosso contabilizou 1.797 novos processos judiciais relacionados a falhas e erros médicos entre janeiro e 30 de setembro deste ano. Os dados, divulgados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e apresentados pela Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (SOBRASP) na segunda-feira (27), incluem ocorrências como erros de identificação de pacientes, falhas na dosagem de medicamentos, equívocos em cirurgias e problemas na comunicação entre a equipe de saúde e os pacientes.

O CNJ aponta que o grande volume de processos é um reflexo da alta carga de trabalho dos profissionais da saúde e da falta de padronização dos procedimentos em hospitais e clínicas.

Aline Albuquerque, doutora em direitos humanos e membro da SOBRASP, ressalta a importância de analisar o cenário completo. “É essencial compreender o contexto antes de atribuir culpa ao profissional”, alerta a especialista.

Panorama Nacional e Estadual

No mesmo período, o Brasil registrou um total de 72.247 novos processos por danos materiais e morais ligados à prestação de serviços de saúde. Os estados com mais casos foram:

  • São Paulo: 8.863
  • Bahia: 6.991
  • Rio de Janeiro: 6.721

Nacionalmente, os registros em Mato Grosso representam 2,49%, ocupando a 13ª posição no ranking. O estado com menos processos foi Roraima, com 112.

Alerta Mundial e Direitos do Paciente

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que um em cada dez pacientes globalmente sofre algum tipo de dano devido a falhas no atendimento, o que resulta em cerca de 3 milhões de mortes por ano.

Diante disso, a Organização destaca a necessidade de fortalecer os direitos do paciente, que visam garantir um atendimento seguro. Tais direitos incluem:

  • O direito à informação clara.
  • A participação na tomada de decisões.
  • O consentimento informado para procedimentos.
  • O acesso ao prontuário médico.
  • Receber um cuidado de saúde de qualidade e seguro.

O CNJ reforça que o prontuário médico pertence ao paciente, que tem direito total a todas as informações sobre seu tratamento. O documento é sigiloso e só pode ser entregue a outras pessoas mediante autorização expressa do próprio paciente. A dificuldade de acesso a este documento é uma das dificuldades enfrentadas no país, segundo o Conselho.

Fonte: primeirapagina

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