Mato Grosso exportou 145 milhões de quilos de carne bovina e derivados no primeiro trimestre de 2025. O volume comercializado gerou uma receita de US$ 663,6 milhões – equivalente a R$ 3,8 bilhões.
O levantamento realizado pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abafrigo) aponta um crescimento de 17% em comparação com o mesmo período do ano passado.
A nível Brasil, as exportações de carne bovina totalizaram 74,1 mil toneladas. Aumento de 11% em relação ao primeiro trimestre de 2024.
Além do crescimento em volume, houve valorização dos produtos brasileiros, com o preço médio subindo de US$ 4.033 para US$ 4.399 por tonelada.
O diretor de projetos do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), Bruno de Jesus Andrade, explica que a China ainda se mantém como maior comprador de carne bovina brasileira.
“Eles movimentam R$ 7,9 bilhões e representam 41,3% das exportações de produtos cárneos do país. Esse cenário é extremamente positivo para o setor, com ótimas perspectivas para 2025″, afirma.
Outro mercado estratégico, que tende a continuar crescendo mesmo diante de novas tarifas, é os Estados Unidos.
O país aumentou suas compras em 46,7% no primeiro trimestre, passando de 112,2 mil toneladas em 2024 para 164,6 mil toneladas em 2025. A receita também cresceu significativamente, saltando de US$ 330,2 milhões para US$ 557,1 milhões — uma valorização de 68,7%.
“Temos expectativas muito positivas para o mercado americano, mesmo diante da nova conjuntura global com o ‘tarifaço’. Mas não podemos deixar de destacar países como Chile e Argélia, que ocupam a terceira e quarta posições entre os principais destinos da carne bovina brasileira”, avalia Andrade.
Atualmente, Mato Grosso exporta para mais de 80 países, e houve um crescimento nas aquisições de carne bovina entre janeiro e março deste ano.
Outro fator que reforça o cenário otimista é a abertura de novos mercados, uma das frentes de atuação do Imac.
“Temos trabalhado ativamente na expansão para novos mercados, como Japão e outros países do Leste Asiático. Há um movimento crescente de demanda internacional pelo produto brasileiro, que deve ser impulsionado por iniciativas como o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia”, conclui o diretor.
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Fonte: canalrural