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Mato Grosso amplia vacinação contra sarampo para bebês em todos os municípios

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A Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) anunciou, nesta semana, a ampliação da aplicação da chamada “dose zero” da vacina contra o sarampo para todos os 142 municípios de Mato Grosso. A medida, que até o mês passado estava restrita a cidades de fronteira com a Bolívia, agora passa a valer em todo o estado devido ao risco de reintrodução do vírus no país.

Neste ano, Mato Grosso registrou 36 notificações suspeitas da doença. Desse total, 34 casos foram descartados e dois ainda estão em investigação. A decisão de ampliar a estratégia segue recomendação do Ministério da Saúde, que alerta para a circulação ativa do vírus em países vizinhos. A Bolívia, por exemplo, já confirmou mais de 200 casos de sarampo somente em 2025.

A “dose zero” é uma aplicação extra destinada exclusivamente a crianças de 6 meses a 11 meses e 29 dias de idade. Essa vacina não substitui as doses previstas no calendário nacional de imunização que devem ser aplicadas aos 12 meses (primeira dose da tríplice viral) e aos 15 meses (segunda dose). A intenção é oferecer uma proteção antecipada aos bebês, considerados um dos grupos mais vulneráveis a complicações.

A recomendação técnica detalha que, para bebês entre 6 meses e 8 meses e 29 dias, deve ser aplicada a vacina dupla viral, que protege contra sarampo e rubéola. Já para crianças a partir dos 9 meses, a indicação é a tríplice viral, que também imuniza contra a caxumba.

O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa, transmitida por gotículas respiratórias expelidas ao falar, tossir ou espirrar. Os sintomas incluem febre alta, tosse, coriza, manchas pelo corpo e conjuntivite. Em casos graves, pode causar pneumonia, encefalite e até levar à morte, especialmente em crianças pequenas e pessoas não vacinadas.

Leia mais: Casos de sarampo na Bolívia acendem alerta; veja quem deve se vacinar no Brasil

Dados da SES-MT mostram que, até o momento, a cobertura vacinal no estado está em 88% para a primeira dose da tríplice viral e 65% para a segunda dose índices ainda abaixo da meta mínima de 95% estabelecida pelo Ministério da Saúde para garantir a proteção coletiva.

A secretaria reforça a importância de que os pais mantenham o calendário vacinal em dia e fiquem atentos a orientações específicas. Um exemplo é o caso de crianças com alergia à proteína do leite de vaca, que devem receber a vacina dupla viral no lugar da tríplice, devido à presença da proteína no componente da segunda. A recomendação é avisar a equipe da unidade de saúde antes da aplicação.

Com a expansão da “dose zero” para todo o estado, as autoridades esperam aumentar a cobertura e evitar a reintrodução do sarampo, protegendo especialmente as crianças mais vulneráveis.

Fonte: primeirapagina

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