MATO GROSSO

Mato Grosso: 5Âș estado com alta taxa de fecundidade, mulheres adiam maternidade

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou novos dados do Censo Demogråfico 2022, evidenciando mudanças importantes no comportamento reprodutivo da população de Mato Grosso. Segundo o levantamento, a taxa de fecundidade total no estado ficou em 1,85 filhos por mulher, a quinta maior do Brasil e acima da média nacional, que atingiu 1,55 filhos por mulher. Ainda assim, o índice estå abaixo do chamado nível de reposição populacional, de 2,1 filhos por mulher, necessårio para manter o tamanho da população no longo prazo.
Os nĂșmeros mostram que a fecundidade em Mato Grosso, embora relativamente alta no cenĂĄrio nacional, vem passando por transformaçÔes semelhantes Ă s observadas em outros estados. Um dos destaques Ă© o envelhecimento da curva de fecundidade: em 2010, a maior proporção de nascimentos se concentrava em mulheres de 20 a 24 anos (30,4% das taxas especĂ­ficas de fecundidade). JĂĄ em 2022, o pico migrou para o grupo de 25 a 29 anos, que respondeu por 26,3% do total de nascimentos.
Ao mesmo tempo, cresceu a participação de mulheres com 30 anos ou mais na taxa geral de fecundidade. A idade mĂ©dia em que as mulheres mato-grossenses tĂȘm filhos subiu de 25,9 anos em 2010 para 27,4 anos em 2022.
O recorte por nível de escolaridade revela outro aspecto relevante: mulheres com menor escolaridade concentram os maiores índices de fecundidade no estado. Entre aquelas sem instrução formal ou com ensino fundamental incompleto, os dados mostraram taxas superiores ao nível de reposição populacional.
Por outro lado, mulheres com maior nível de instrução apresentaram índices significativamente menores. Na anålise por cor ou raça, as mulheres pretas tiveram a maior taxa de fecundidade (1,99 filhos por mulher), enquanto o menor registro foi das mulheres brancas (1,65 filhos por mulher), ainda assim o maior índice entre brancas em todos os estados brasileiros.
Outro indicador que chama atenção Ă© o aumento da proporção de mulheres entre 50 e 59 anos que nunca tiveram filhos nascidos vivos, passando de 8,3% em 2010 para 13,6% em 2022. O dado reforça a tendĂȘncia nacional de queda no nĂșmero mĂ©dio de filhos e adiamento da maternidade. O perfil demogrĂĄfico tambĂ©m aponta que as mulheres pardas representam o maior contingente feminino em idade fĂ©rtil (15 a 49 anos), correspondendo a 57,4% do total e responsĂĄveis por quase 59% das crianças nascidas no ano anterior ao Censo.

 

Fonte: Olhar Direto

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