O Reino Unido está na vanguarda de uma revolução na engenharia civil, buscando uma solução de alta tecnologia para o crônico problema de buracos e rachaduras em suas rodovias. A aposta é no grafeno, um nanomaterial conhecido por ser 200 vezes mais resistente que o aço e, ao mesmo tempo, incrivelmente leve e flexível.

Asfalto de grafeno pode acabar com os buracos

Em uma colaboração inovadora entre a Universal Matter GBR e a construtora Tarmac, uma seção de estrada em Teesside, no Flatts Lane Country Park, está sendo pavimentada com o composto chamado “Genable Pavement”. A ideia é simples e poderosa: usar a nanotecnologia para reforçar a durabilidade do asfalto tradicional e prolongar significativamente a vida útil das vias.

O grafeno é um material bidimensional composto por uma única camada de átomos de carbono, o que lhe confere propriedades mecânicas e estruturais excepcionais. Quando incorporado ao betume (o ligante do asfalto), ele atua como um reforço estrutural em nível microscópico.

Pesquisas internacionais indicam que o uso de aditivos à base de grafeno pode aumentar a vida útil dos pavimentos rodoviários em até 250% — ou seja, durar três vezes mais que o asfalto comum. Este aumento de durabilidade se deve à maior resistência do material à fadiga, à formação de trincas e à deformação sob altas e baixas temperaturas (o que é crucial para evitar o amolecimento e o derretimento em dias quentes e as rachaduras no frio).

A tecnologia utilizada pela Universal Matter, chamada Flash Joule Heating (FJH), transforma resíduos de carbono em grafeno, adicionando uma camada de sustentabilidade ao processo. Estradas mais duráveis significam menos necessidade de manutenção, o que reduz custos, lixo de construção e emissões de carbono a longo prazo.

Nanotecnologia Contra a Manutenção Constante

Para países com grandes extensões territoriais ou com altos custos de manutenção, como é o caso do Reino Unido e até do Brasil (onde o material já está sendo testado, como em pistas de aeroportos), a tecnologia do grafeno representa um marco.

Embora o projeto em Teesside seja um teste inicial, a expectativa é que o asfalto de grafeno possa minimizar a incidência de buracos, uma praga que exige reparos constantes e onerosos para o poder público.

O potencial do grafeno, no entanto, vai muito além da pavimentação. A Universal Matter já explora sua aplicação em:

• Concreto: Para torná-lo significativamente mais forte e resistente à água.

• Revestimentos e Tintas: Aumentando a durabilidade e resistência à corrosão.

• Baterias de Carros Elétricos: Melhorando a capacidade e vida útil.

Apesar de a solução ser, por enquanto, um foco no Reino Unido, o sucesso desses testes pode revolucionar a engenharia de infraestrutura global, transformando a manutenção de estradas em uma tarefa muito menos frequente e custosa.

O grafeno pode ser a solução definitiva para o problema dos buracos nas estradas. Você acredita que a nanotecnologia vai transformar a infraestrutura brasileira nos próximos anos? Comente e compartilhe sua opinião!

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Escrito por

Robson Quirino

Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.