Por quatro dias, o venezuelano Antonio GonzĂĄlez percorreu centros de detenção em diferentes regiĂ”es de Caracas em busca de informaçÔes sobre a mulher, a . Ela foi presa na Ășltima sexta-feira, 8, depois de participar de uma manifestação em frente ao prĂ©dio da ONU, no bairro de Chacao, zona norte da capital da .
âFui a todos os centros de detenção que pude. Nenhum deles me deu informaçÔes nem me encaminhou para outroâ, contou GonzĂĄlez, conforme reportagem do jornal Folha de S.Paulo. Segundo ele, apenas na noite desta segunda-feira, 11, soube que a mulher seguia sob custĂłdia. âAgora, ela estĂĄ incomunicĂĄvel. No momento, nĂŁo sei se tem roupas, se recebeu comida, nĂŁo sei nada sobre a situação delaâ.
Ex-militante chavista, assim como Martha, GonzĂĄlez pediu que o presidente Lula da Silva, que Ă© amigo do ditador , se pronuncie sobre o caso. âConvido os polĂticos do Brasil a avaliarem o caso venezuelano, a situação de Martha LĂa e a expressarem suas opiniĂ”es sobre esses eventosâ. O venezuelano acrescentou: âPeço tambĂ©m ao governo Lula que faça uma declaraçãoâ.
A situação que GonzĂĄlez vivencia Ă© semelhante Ă de famĂlias que Martha acompanhava por meio do movimento de direitos humanos SurGentes, que presta apoio principalmente a parentes de presos polĂticos. O ato no qual ela foi detida havia sido convocado em solidariedade ao MĂŁes em Defesa da Verdade. O movimento reĂșne mulheres que reivindicam a libertação de filhos que a ditadura prendeu depois das eleiçÔes de julho de 2024.Â
O pleito, aliĂĄs, manteve Maduro para um terceiro mandato. Segundo vĂĄrias organizaçÔes internacionais, houve fraude na votação. Depois do resultado, protestos se espalharam pelo paĂs, deixando 28 mortos, cerca de 200 feridos e mais de 2,4 mil presos. Mesmo com relativo controle sobre grandes manifestaçÔes, o ditador mantĂ©m ativo o aparato de repressĂŁo a quem se opĂ”e ao seu governo.
Fonte: revistaoeste