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Marido da ex-ministra de Lula é investigado por desvio em contratos públicos

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Ex-prefeito de Belford Roxo (RJ) e marido da deputada federal Daniela do Waguinho (União-RJ), ex-ministra do Turismo do atual Lula, Wagner dos Santos, conhecido como Waguinho, está sendo investigado pela por suspeitas de irregularidades em contratos para a aquisição de livros didáticos.

Esses contratos, firmados durante seus mandatos na prefeitura, de 2017 a 2024, somam mais de R$ 100 milhões. A operação, denominada Errata, é conduzida em parceria com o Ministério Público Federal e a Controladoria-Geral da República, com o objetivo de apurar desvios de recursos públicos.

Em fevereiro deste ano, a PF realizou buscas em diversos locais e encontrou indícios do envolvimento de Waguinho no esquema de desvio de recursos. A informação é do portal .

Segundo a Polícia Federal, medida abre precedente para a criação de competência brasileira em investigações sobre atividades de estrangeiros que estão fora do país | Foto: Divulgação/PF
Investigação Ocorre No Âmbito Da Operação Errata, Da Polícia Federal | Foto: Divulgação/Pf

As editoras Soler e IPDH são as principais investigadas, tendo firmado contratos milionários com a Prefeitura de Belford Roxo (RJ). A investigação destacou que a disponibilização dos livros poderia ocorrer gratuitamente, através do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), do Ministério da Educação.

Sua mulher, Daniela do Waguinho, é ex-ministra do Turismo no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Ela assumiu o cargo no início da gestão petista, depois de apoiar Lula na campanha eleitoral de 2022. No entanto, o presidente a dispensou sete meses depois, como parte de uma estratégia do governo para fortalecer sua base no Congresso Nacional.

Dados da investigação sugerem que algumas empresas envolvidas no esquema tinham relações com a campanha de Daniela. Em 2022, sua comitiva contratou a Lastro Indústrias Gráficas, que recebeu aproximadamente R$ 5,7 milhões da Editora Soler, uma das principais investigadas na Operação Errata.

Além disso, a Rubra Editora e Gráfica, que tinha João Morani Veiga como um de seus sócios e também foi alvo de busca, foi a empresa que mais recebeu da campanha da deputada federal, totalizando R$ 561 mil. Ao Metrópoles, Daniela negou “veementemente qualquer tipo de vínculo ou relação com as pessoas e empresas citadas no processo”.

O titular da Editora Soler, Sandro Coutinho, negou qualquer irregularidade, destacando que os valores pagos à Lastro foram resultado de cinco anos de vendas de livros ao município, com a gráfica responsável pela produção dos materiais.

“Não existem dois dinheiros, existe a opção de receber os livros, ou pedir o repasse da verba para poder comprá-los”, afirmou. “O Ideb do município cresceu na parceria com a Soler. Praticamos preço de mercado, de forma alguma houve superfaturamento.”

Fonte: revistaoeste

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