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Turismo

Qual a melhor forma de levar dinheiro para o exterior

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Direto ao ponto: não existe um meio de pagamento perfeito. Poder acontecer de algum ser o mais indicado para um determinado país ou situação, mas cada um tem as suas limitações – e suas vantagens. Assim, o ideal é mesclar mais de uma modalidade e não depositar todas as fichas em um único meio. A seguir, falamos dos prós e contras de se viajar com cartões de crédito, dinheiro vivo, cartões pré-pagos e das novas contas digitais internacionais:

Cartão de crédito internacional

Um dos jeitos mais práticos de fazer pagamentos no exterior é usando cartões de crédito internacionais. Eles são ligados aos bancos que já são populares no mercado brasileiro, oferecem benefícios para os correntistas e são de bandeiras mundialmente conhecidas, como Visa e MasterCard. Eles também são essenciais para despesas como aluguel de carro, já que a maioria das locadoras não aceita cartões de débito para esses pagamentos. Além disso, quando é preciso deixar um valor de caução – como ao fazer check-in em um resort ou alugar uma bicicleta pública – o cartão de crédito também é mais vantajoso que o de débito, já que os bancos podem demorar vários dias para desbloquear o valor do caução e restituí-lo à conta.

A principal desvantagem do uso do cartão de crédito no exterior é o IOF alto, de 5,38%, contra a taxa de 1,1% cobrada na compra de dinheiro vivo e para contas digitais em dólar (veja abaixo). O valor do IOF era de 6,38%, mas foi reduzido em janeiro de 2023. Segundo um calendário do governo federal publicado no decreto 11.153 de 28 de julho de 2022, o percentual deve diminuir para 4,38% a partir de janeiro de 2024 e cair em 1% ano a cada ano subsequente até chegar a 0% em 2028.

Até lá, os cartões de crédito internacionais continuam tendo como grande trunfo seus programas de fidelidade, que permitem acúmulo de pontos a cada dólar gasto e oferecem também acesso à salas VIP. Outro benefício disponível em alguns cartões é a assistência de saúde gratuita no exterior. Assim, dá para economizar no seguro viagem quando a passagem aérea é comprada com um cartão que oferece esse diferencial. 

Para essa finalidade, o melhor é apostar em cartões do tipo platinum ou black de grandes bancos, ou ligados à companhias aéreas (apesar de cobrarem taxas de anuidade mais elevadas, eles convertem mais pontos por dólar gasto e oferecem alguns benefícios extras).

Dinheiro em espécie

As vantagens do dinheiro vivo a gente já conhece. No entanto, em um mundo cada vez mais digitalizado, viajar com cash nem sempre é tão prático quanto a gente imagina: em capitais europeias como Londres, Amsterdã e Copenhague, não são raros os cafés ou lojas que não aceitam mais pagamento em notas ou moedas, apenas cartões ou meios digitais. 

Outra desvantagem é a segurança, já que o dinheiro vivo é alvo fácil de batedores de carteira e também pode ser facilmente perdido ou esquecido. A praticidade também perde pontos em viagens nas quais as moedas usadas mudam de país para país. 

Em relação aos custos, o IOF de 1,1% atrai, mas essa economia pode ser facilmente perdida quando a compra é de moedas consideradas fracas. No Brasil, as moedas fortes nas casas de câmbio são dólar, euro e libra. Todas as outras são moedas fracas, e costumam ter cotações muito desvantajosas. Nesses casos, a alternativa mais barata para viajar com dinheiro vivo é comprar uma moeda forte e só trocar pela moeda local ao chegar no destino.

A exceção são países onde há mercado para a compra de real, como é o caso da Argentina, onde a moeda brasileira pode ser trocada por uma cotação vantajosa no câmbio paralelo. Porém, o uso de cartões, tanto de crédito quanto de débito abastecidos em dólar, já vem se tornando uma vantagem na Argentina; saiba mais aqui.

Para saber qual a melhor cotação para dinheiro vivo, o site Melhor Câmbio faz um comparativo entre várias casas de câmbio por todo Brasil.

Cartões pré-pagos

Os cartões pré-pagos do tipo “travel money”, vendidos por casas de câmbio e grandes bancos, se tornaram uma opção pouco vantajosa. Isso porque, além de cobrarem IOF de 5,38%, eles também operam no câmbio do dólar turismo, que é ainda mais elevado do que o dólar comercial. Não à toa, alguns bancos brasileiros, como o Bradesco, descontinuaram a emissão de novos cartões pré-pagos em 2022. 

Apesar disso, esta modalidade ainda pode ser uma boa opção para adolescentes em intercâmbio no exterior, já que os pais podem controlar os gastos à distância com facilidade (em tese, apenas maiores de 18 anos podem ter cartões digitais). Ele também oferece mais segurança em caso de perda ou roubo, já que as empresas oferecem quase sempre um cartão adicional.

Contas digitais internacionais 

As contas digitais em dólar ou euro são uma nova fronteira no mercado dos meios de pagamentos. Bancos digitais ou fintechs como BS2, C6, Inter, Nomad e Wise vieram para ficar. As vantagens são muitas: facilidade de se abrir uma conta em moeda estrangeira e enviar dinheiro (via PIX ou TED), IOF de 1,1% na hora da conversão (contra o IOF de 5,38% nas compras pelo cartão de crédito), taxa de câmbio definida pelo dólar comercial (que é mais baixo que o dólar turismo) e o fato de não precisar perder tempo na busca por casas de câmbio. 

A conversão é feita pela cotação comercial do dia, acrescida de uma taxa extra que varia de banco para banco, chamada spread (que pode variar de 0,99% até 2%). Esse spread é sempre mais baixo durante o horário comercial, por isso é importante fazer as transferências de reais para dólar durante a semana, das 10h às 16h.  

As contas digitais são quase sempre em dólar – apenas C6 e Wise oferecem contas em outras moedas. Mesmo assim, os cartões de débito podem ser usados em países que não usam dólar. Nesses casos, a cada compra, o valor gasto na moeda local é convertido para dólares ou euros, a depender da moeda da conta digital escolhida. 

Além de funcionarem como cartões de débito, as contas digitais também permitem que o usuário faça saques em dinheiro em diversas redes de caixas eletrônicos no exterior. Vale ficar atento, no entanto, às tarifas de cada banco, que se somam às tarifas cobradas pelo próprio caixa eletrônico (evite fazer saques pingados, o ideal é sacar de uma vez o valor máximo permitido). Veja um comparativo entre as contas internacionais do BS2, C6, Inter, Nomad e Wise.

Fonte: viagemeturismo

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