, , … Inúmeros sucessos do novelista têm algo muito específico em comum: uma Helena como protagonista. Se você é noveleiro, provavelmente já sabia dessa obsessão. O que poucos sabem é que o autor também tem uma paixão pelas Claras – personagens que marcaram presença em várias de suas obras, ainda que de forma mais discreta.
Existe um . Mais do que alguma experiência pessoal, Manoel Carlos revelou que considerava o nome mais apropriado para um personagem do que para alguém real. Além disso, ele sempre foi fascinado pela mitologia grega, especialmente pela figura de Helena de Troia e a complexidade do nome.
O que quase ninguém sabe é o motivo de repetidas Claras nas novelas. O fato passou despercebido por muitos telespectadores, mas o AdoroCinema relembra quem são elas. Será coincidência ou foi tudo premeditado?

Estevam Avellar/TV Globo
As Claras de Manoel Carlos
A primeira Clara surgiu em 1982, na novela . Interpretada por , a personagem era filha única de Rachel () e Virgílio (), e sofria com a possível separação dos pais. No entanto, nem tudo era tristeza: ela também vivia uma história de amor com Abel ().
Depois, veio a jovem Clarinha, em (1991), vivida por Isis de Mello. Quase dez anos mais tarde, conhecemos a Clara de Laços de Família (2000), interpretada por , que conseguiu despertar a raiva do público por infernizar todos os personagens.
Em seguida, conhecemos a corajosa Clara de Mulheres Apaixonadas (2003). A jovem vivida por se descobre ao se apaixonar por Rafaela (Paula Picarelli), desafiando o preconceito da mãe e lutando contra ela e a sociedade para viver esse amor.
Em 2006, conhecemos Clarinha, de . A menina com Síndrome de Down, interpretada por Joana Mocarzel, foi adotada por Helena ().
Por fim, a Clara mais recente foi a de (2014), vivida por , que se apaixona e se casa com a fotógrafa Marina ().
Por que tantas Claras?
Essas repetições também têm explicação e, curiosamente, ainda mais profunda que o motivo por trás das Helenas. “Em nenhum desses casos trata-se de coincidência. Esses nomes estão, de algum modo, presentes na minha memória; gente que conheci na infância e juventude, vizinhos, amigos, parentes. Nomes de pessoas que tiveram alguma relevância para mim”, declarou Manoel Carlos em entrevista à revista Claudia.
E se você ficou curioso para saber o que motivou o nome Clara especificamente, o autor tem a resposta: “Tanto Clara, como Rita, devo à santa, que está entre as minhas imagens preferidas desde a infância”.
Fonte: adorocinema