Um protesto intitulado “Justiça Já” reuniu cerca de 12,4 mil pessoas na Avenida Paulista, em São Paulo, para demonstrar apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O foco principal do ato foi criticar o julgamento em curso no Supremo Tribunal Federal (STF), no qual Bolsonaro é acusado de liderar uma tentativa de golpe de Estado em 2022. O evento ocorreu apenas dois dias após o ministro Alexandre de Moraes abrir prazo para alegações finais do processo.
Durante a manifestação, participantes exibiram faixas pedindo anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro e bandeiras em apoio a Israel e aos Estados Unidos. Também houve críticas a medidas do governo federal, como mudanças no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e investigações sobre fraudes no INSS.
O ato contou com a presença de Bolsonaro, do pastor Silas Malafaia e dos governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais) e Jorginho Mello (Santa Catarina). Eles discursaram em um caminhão de som instalado próximo ao Parque Trianon. Vestidos de verde e amarelo, os manifestantes se concentraram em um quarteirão da Paulista e em frente à sede da Fiesp.
Em discurso, Bolsonaro pediu a seus apoiadores que trabalhem para eleger metade da Câmara e do Senado em 2026, alegando ser necessário para “mudar o Brasil”. Também defendeu a anistia aos presos dos atos de 8 de janeiro como forma de pacificar o país.
Silas Malafaia criticou duramente as prisões ordenadas por Moraes e a delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que embasa parte das acusações contra Bolsonaro. Já Tarcísio de Freitas foi o mais aplaudido e atacou o governo federal, chamando-o de “gastador” e afirmando que o país não suporta mais corrupção e juros altos.
O julgamento no STF entrou na fase de alegações finais, com prazo de 15 dias para manifestações da Procuradoria-Geral da República, do delator Mauro Cid e das defesas dos demais réus. Bolsonaro e outros sete acusados respondem por crimes como organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e dano qualificado, cujas penas somadas podem ultrapassar 40 anos de prisão.
Fonte: cenariomt
