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Mãe pede ajuda nas redes sociais para encontrar filha desaparecida e compartilha dor diária

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Adriele Leite Menezes, mãe da adolescente Marina Sofia Menezes, que foi sequestrada de dentro da sua própria casa no dia 20 de outubro do ano de 2024, usa suas redes sociais para expressar sua tristeza e angústia pelo desparecimento da adolescente que à época tinha apenas 13 anos quando foi levada por ao menos três criminosos e até hoje não há sequer uma pista sobre o seu paradeiro. O caso, que marcou não só o município de Diamantino (182 km de Cuiabá) como também todo o estado, completou um ano na última segunda-feira.
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Em suas redes sociais, quando o desaparecimento de Marina completou dez meses, Adriele fez uma publicação onde se dizia desamparada pela Justiça e reiterou sua vontade de encontrar filha, nem que seja para dizer adeus.
“Hoje faz 10 meses que você se foi. 10 meses de um luto sem corpo. 10 meses de dor muita angústia. Me pergunto todos os dias: onde você está? Confiei na justiça a justiça me desamparou. A única coisa que eu acredito hoje é na justiça de Deus. Acredito no nosso encontro, mesmo que seja para eu poder me despedir. Filha, lembro de você com tanto carinho, seus abraços tão cheios de amor. Você sempre foi amada, educada, dedicada, feliz e só tenho coisas lindas para falar de você. Que saudades minha filha, minha Marina…”, diz trecho da publicação.
Ao , em entrevista, Adriele relatou que um ano após o sequestro da filha, ela já perdeu 32 quilos e que chora todos os dias desde então.
Nos meses que se decorreram após o sequestro de Marina, três pessoas, incluindo um ex-cunhado da adolescente, chegaram a ser presos. Contudo, o trio foi liberado tempos depois por causa da ausência do corpo da jovem. O ex-cunhado, identificado como João Vitor, foi assassinado dezesseis dias após sua soltura e até o momento, ninguém foi preso.
Além da perda de peso severa que sofreu ao longo dos meses, Adriele relatou que perdeu a vontade de viver, que está sem sonhos e que sobrevive apenas com a esperança de encontrar a filha, nem que seja somente para se despedir dela.
“Eu emagreci 32 quilos, eu choro todos os dias, não tenho mais vontade de viver, não tenho mais sonhos, a minha vida acabou. Ah, mas você tem duas filhas. Sim, eu tenho duas filhas. Eu, como mãe, sempre fui uma pessoa muito guerreira, eu sempre fui uma pessoa batalhadeira, trabalhadeira. Nunca deixei nada faltar para as minhas filhas, cuidei das minhas filhas com muito amor, com muito carinho, dedicação”, relatou Adriele.
Ainda à reportagem, Adriele contou que nos primeiros meses após o desaparecimento, ela ainda cultivou esperanças de encontrar ela com vida, porém, agora, ela teme que o caso da sua filha se resuma a apenas mais uma criança desaparecida.
“Quando eu tinha completado uns dois meses, três meses, eu tinha esperança de encontrar a minha filha com vida, né? Hoje, eu não tenho nem sonhos mais, eu acredito que minha filha… pode ser que eu esteja enganada né mas eu acredito que minha filha vai ser apenas mais uma criança desaparecida e os acusados de ter ceifado a vida da minha filha vão ficar impune”, disse a mãe.
Por fim, Adriele revelou que guarda a esperança de apenas encontrar o corpo da filha.  
“Meu sonho é encontrar pelo menos o corpinho da minha filha para mim poder me despedir dela. Minha filha era só uma criança, minha filha tinha muitos sonhos, minha filha era uma menina amada, educada, minha filha não saía de dentro da igreja, minha filha não tinha maldade nenhuma no coração, ela não conhecia esses caras, eu também não conhecia eles. O que eu busco hoje é o corpinho dela, porque viva minha filha não está, minha filha não está”, disse Adriele, aos prantos em entrevista à reportagem.
O procurou a Polícia Civil para saber mais detalhes sobre a investigação, que foi desarquivada no começo deste ano e até o momento, tudo que foi revelado é que as investigações estão em andamento para solucionar o crime. 

 

Fonte: Olhar Direto

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