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Educação

Mãe e filha com paralisia cerebral se formam juntas na faculdade: uma história de superação e resiliência

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Mãe e filha, com paralisia cerebral, se formam na faculdade; “sou uma guerreira”

A mãe Liliane e a filha Júlia mostraram que a paralisia cerebral é um diagnóstico e que não define o destino de ninguém. Elas concluíram a faculdade de Direito em Minas Gerais e agora estudam para passar na OAB. – Foto: Arquivo Pessoal/G1
A mãe Liliane e a filha Júlia mostraram que a paralisia cerebral é um diagnóstico e que não define o destino de ninguém. Elas concluíram a faculdade de Direito em Minas Gerais e agora estudam para passar na OAB. – Foto: Arquivo Pessoal/G1

Liliane Martins, de 56 anos, e Júlia Martins dos Reis Santos, de 24, são inseparáveis e têm muito incomum, sobretudo garra e determinação. A mãe ia só acompanhar a filha, com paralisia cerebral, no curso de Direito, mas terminou fazendo a faculdade com ela. Com o diploma na mão, agora elas seguem para mais sonhos.

Professora, Liliane ajudou Júlia nos estudos, mostrando que diagnóstico não define atitude nem perspectivas. Anos depois, foi a jovem que mostrou para a mãe que sempre é tempo de realizar.

“Quem me incentivou a fazer o curso de Direito foi ela [Júlia]. Fui ajudar nos estudos e acabei me apaixonando pelo curso”, disse Liliane, moradora de Uberaba, MG.  E a filha se autodefiniu: “Sou uma guerreira”.

Prova da OAB

As palavras de ordem de mãe e filha são garra e determinação em tudo. A jornada das duas começou quando Liliane decidiu estudar ao lado da filha, para apoiá-la nos desafios acadêmicos. Na faculdade, o coordenador sugeriu que ela também fizesse o curso.

Agora, o foco das duas é a prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), condição imposta aos bacharéis para que obtenham o registro da profissão. São duas etapas: objetiva e subjetiva. As provas serão em abril e junho.

Júlia nasceu prematura e, como consequência, teve paralisia cerebral, o que não a impediu de sempre seguir em frente. “Eu cresci lutando”, afirmou a jovem ao G1.

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“Nunca desistir”

Liliane afirmou que, na faculdade, ela e Júlia tiveram muito apoio da instituição e dos colegas. Para a mãe, o ambiente universitário estava mais preparado para atendê-las.

Segundo as duas, os professores eram muito atenciosos, próximos e percebiam, nas interações em sala de aula, que as respostas e entendimento vinham da própria jovem. E elas estavam firmes lá.

“Nossa lema sempre foi esse, nunca desistir”, disse Júlia. E a filha foi além:

“Eu sei que eu sou guerreira. Eu sei o quanto eu lutei e isso é o que importa, não o que as pessoas pensam”, concluiu.

A mãe Liliane e a filha Júlia, que tem paralisia cerebral, estudam juntas e assim passaram os cinco anos da faculdade de Direito. Foto: G1

Fonte: sonoticiaboa

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