Fred Moraes
Única News
Ana Paula Azevedo, mãe de Emilly Azevedo Sena, a adolescente de 16 anos assassinada por Nataly Hellen Perreira, em uma emboscada na capital, pronunciou pela primeira vez após o brutal assassinato de sua filha. Emocionada, Ana Paula disse estar em dúvida entre o sentimento de tristeza e revolta, pela crueldade exercida contra sua filha e lamentou ter perdido sua principal companheira de uma vida.
Em entrevista à TV Centro América, Ana Paula mesclava sua dor e revolta ao lembrar da crueldade com que a filha foi morta. Emocionada, Ana Paula descreveu a filha como uma menina inocente, vítima de uma armadilha cruel e que jamais merecia ter a vida ceifada, ainda mais no momento especial da gestação. Emilly estava grávida de nove meses.
“Sentimento de tristeza e um sentimento de revolta, porque houve tanta crueldade com minha filha. Uma menina que nunca fez mal a ninguém, acreditou em pessoas erradas. Agora, sinto muita tristeza. Eu não perdi só uma filha, perdi uma amiga, perdi uma parceira, uma companheira, porque ela era tudo isso na minha vida. Só quem viveu com ela sabe. O coração que ela tinha era maravilhoso”, disse a mãe bastante abalada.
Para Ana Paula, Emilly foi inocente ao acreditar na conversa Nataly, que se apresentava como gestante, que doaria roupas de boa qualidade para a filha da garota. No dia da morte, Emilly foi sozinha até a casa da assassina, lugar de onde nunca mais voltou, porque teve a vida interrompida em um caso friamente calculado.
“Quando eu cheguei do trabalho, ela já tinha ido, porque nem eu imaginava que minha filha tava correndo tanto risco ao ir ao encontro com essa mulher. Foi muita mentira. Ela disse que estava grávida, trocando conversa das gestações, contração, conversas de mulher”, emenda.
Ana Paula explicou que a filha não precisava de doação para o enxoval do bebê. Segundo ela, as famílias paterna e materna haviam realizado chás de bebê anteriormente, e sempre que precisavam auxiliavam o jovem casal.
“A Emilly morou comigo. Aí o menino [esposo e viúvo] pediu em namoro, eu deixei. E aí, quando eu soube que ela estava grávida, ela falou: ‘mãe, a gente vai mudar e alugar uma casa, vai morar eu e ele’, porque é o correto, né? E eu sempre apoiando, ajudando. A gente deu algumas coisas pra eles começarem na casa deles. Sempre auxiliando, sempre perto, dando conselho, ajudando. Mas assim, ela não precisava disso. Porque a minha família fez um chá de bebê e a família do marido dela fez outro”, conclui.
O CASO
Conforme noticiado pelo Única News, o crime foi cometido de forma fria e cruel por Nataly Helen Martins Pereira (25), que confessou ter cometido o assassinato sozinha, após atrair a garota para uma emboscada com a promessa de que receberia doação de roupas para sua bebê.
O marido de Nataly, o chef de cozinha Christian Albino Cebalho de Arruda, chegou a ser preso junto com ela, quando tentavam registrar a criança, que foi retirada da barriga da jovem após ser assassinada, e depois enterrada no quintal da residência.
Além do casal, outras duas pessoas suspeitas de terem ajudado no crime também foram presas. No entanto, na noite dessa quinta-feira, Christian e os outros dois suspeitos foram soltos. Apenas Nataly continua detida.
Emilly desapareceu na quarta-feira (12). Nataly e o marido dela, Christian, foram presos no Hospital e Maternidade Santa Helena, tentando registrar a bebê recém-nascida roubada da barriga da jovem assassinada, alegando que o parto da criança aconteceu em casa.
No entanto, a equipe médica do local foi bastante perspicaz e percebeu que Nataly não tinha sinais de ter tido um parto recente. A suspeita foi confirmada através de exames que apontaram que não havia sinais de parto ou mesmo de amamentação no corpo da mulher.
A recém-nascida ficou internada no hospital e o casal foi preso em flagrante. Na manhã de quinta-feira (13), a Polícia Civil fez buscas na casa de um parente de Nataly e o corpo de Emilly foi encontrado em uma cova rasa, com a perna exposta.
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Fonte: unicanews