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Política

Macri destaca importância e defende criação de moeda única entre Brasil e Argentina

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O ex-presidente da Argentina Maurício Macri defendeu a criação de uma moeda única entre o Brasil e Argentina, durante evento da corretora XP Investimentos, em , nesta segunda-feira, 11. O político também comentou a dolarização da economia argentina.

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Macri disse que a criação de uma única moeda entre os dois países para o comércio iria fortalecer a economia da região. O ex-presidente argentino não acredita que a moeda deva ser circulante, como o real e o peso, mas sim para negociações comerciais.

“Temos de avançar para uma unificação monetária com o Brasil”, comentou Macri, durante o evento na capital paulista. “A moeda única fortaleceria mais a Argentina inicialmente, mas os dois em longo prazo.”

O político explicou que a economia do Brasil e da Argentina são voltadas à exportação de produtos agropecuários, e a moeda única oscilaria de acordo com os mesmos fatores. Para ele, não faz sentido os países usarem o dólar entre si.

“Na moeda norte-americana, os Estados Unidos têm competitividades distintas das que nós temos”, afirmou Macri.

Quando presidente, Macri chegou a discutir com o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro da Economia Paulo Guedes a criação da moeda única entre os países do Mercado Comum do Sul (Mercosul). O governo de Luiz Inácio Lula da Silva também conversou sobre a questão com o ex-presidente argentino Alberto Fernández.

Para Macri, antes da criação da moeda única é preciso que a Argentina realize um ajuste fiscal para retomar a confiança dos investidores. “Tendo seriedade fiscal, pode vir um momento em que o que falamos com Guedes e Bolsonaro faça muito sentido”, disse.

Ex-presidente é contra a dolarização da economia argentina

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Javier Milei Defende A Troca Do Peso Argentino Para Dólar Como Moeda Do País | Foto: Reprodução/Wikimedia Commons/Adrián Escandar

O ex-presidente da Argentina também comentou o projeto de dolarização da economia argentina pelo novo presidente, Javier Milei. Para ele, a medida seria apenas representativa.

“Entendo as vantagens simbólicas da dolarização, mas Equador voltou a ter déficit fiscal”, constatou Macri.

A Argentina sofre com a forte desvalorização da moeda. No governo de Fernández, o peso argentino desvalorizou 13 vezes. Um dólar custava 75 pesos em 2019 e passou a custar 957 pesos recentemente.

Macri também defendeu o congelamento dos gastos públicos para gerar equilíbrio. “Milei não pode gastar mais do que entra, e é isso que ele vai fazer nos próximos 90 dias”, disse. “Há aceitação pública para isso. Ele disse isso ontem, e todos os presentes aplaudiram. O argentino comum percebeu que o conto que o Estado resolve tudo é mentira.”

Fonte: revistaoeste

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