Se o contato direto com o chefe do Executivo é sinal de prestígio, . Afinal, eles não sabem o que é conversar com o petista há mais de 100 dias.
Com a reforma ministerial em andamento, alguns líderes do primeiro escalão já . As críticas ao suposto isolamento do petista não são novas, com uma ala de políticos culpando claramente a primeira-dama Janja da Silva pelo afastamento.
Conforme levantamento do site Poder360, considerando o período de 1º de janeiro de 2023 a 7 de março de 2025, a ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, por exemplo, nunca teve uma única audiência privada com Lula. Seu antecessor, , demitido em 6 de setembro de 2024, foi recebido 6 vezes no tempo em que foi ministro.
O recorde de desatenção, no entanto, é do General Amaro (Gabinete de Segurança Institucional) que, segundo a agenda oficial, não conversa com Lula pessoalmente há mais de 322 dias. Da mesma forma, o levantamento mostra quem foram os ministros que mais estiveram com o presidente petista.
Na lista aparecem Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais). O ranking, de certa maneira, reflete a preocupação do governo com áreas-chave da sua gestão, no caso, economia e articulação política com a Esplanada, assim como com o Congresso.
O quadro de relativa indiferença do presidente com os seus próprios auxiliares mais diretos explica as manifestações descontentes e frequentes de vários congressistas. O distanciamento de Lula, aliás, recebe críticas dentro da base governista. Ao todo, neste seu terceiro mandato, Lula recebeu pouco mais de 100 deputados e senadores para reuniões.
Dos que conseguiram estar com o petista, a maioria é formada pelos líderes governistas, por apoiadores próximos a Lula, ou gente do PT no Congresso. Há quem acredite que a ida de Gleisi Hoffmann (PT) para as Relações Institucionais pode isolar ainda mais o presidente.
Neste ano de 2025, Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação) foi o ministro que mais teve encontros privados com o petista, com 23 até o momento. O número é um retrato do esforço do governo federal em reverter a queda de popularidade de Lula, que pela 1ª vez no mandato, registrou desaprovação maior que 50%.
Fonte: revistaoeste