O presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva falou sobre os incĂȘndios florestais que atingem o Brasil durante a 79ÂȘ Assembleia-Geral da Organização das NaçÔes Unidas (ONU), em Nova York, na manhĂŁ desta terça-feira, 24. Chegou a dizer que âestamos condenados Ă interdependĂȘncia da mudança climĂĄticaâ.
âNo sul do Brasil tivemos a maior enchente desde 1941â, declarou Lula. âA AmazĂŽnia estĂĄ atravessando a pior estiagem em 45 anos. IncĂȘndios florestais se alastraram pelo paĂs e jĂĄ devoraram 5 milhĂ”es de hectares apenas no mĂȘs de agosto. O meu governo nĂŁo terceiriza responsabilidades nem abdica da sua soberania.â
Ainda sobre os incĂȘndios, Lula afirmou que jĂĄ âfizemos muito, mas sabemos que Ă© preciso fazer maisâ. âAlĂ©m de enfrentar o desafio da crise climĂĄtica, lutamos contra quem lucra com a degradação ambientalâ, acrescentou.
Embora o chefe do Executivo brasileiro fale em nĂŁo âterceirizar responsabilidadesâ, integrantes do governo tĂȘm adotado em seus discursos no Brasil que muitas das .
Na semana passada, durante reuniĂŁo no PalĂĄcio do Planalto com chefes dos TrĂȘs Poderes e ministros do governo, Lula disse que alguns incĂȘndios que ocorrem pelo paĂs podem ter .
âHĂĄ a suspeita de que muitos incĂȘndios sejam criminosos. Mas que essas pessoas que estĂŁo tentando, sabe, essas açÔes criminosas, estejam avisadas de que nĂłs nĂŁo estamos para brincadeira. Vamos levar muito a sĂ©rioâ, declarou na ocasiĂŁo.
Lula tambĂ©m usou seu discurso para criticar o nĂŁo cumprimento de acordos climĂĄticos internacionais. Disse ser âimpossĂvel âdesplanetizarââ a vida em comum.
âO planeta jĂĄ nĂŁo espera para cobrar da prĂłxima geração e estĂĄ farto de acordos climĂĄticos nĂŁo cumpridosâ, declarou. âEstĂĄ cansado de metas de redução de emissĂŁo de carbono negligenciadas e do auxĂlio financeiro aos paĂses pobres que nĂŁo chegam. O negacionismo sucumbe ante as evidĂȘncias do aquecimento global.â
O presidente brasileiro avaliou que 2024 caminha para se tornar âo ano mais quente da histĂłria modernaâ. AlĂ©m de citar os desastres no Brasil, tambĂ©m usou como argumento outras tragĂ©dias.
âFuracĂ”es no Caribe, tufĂ”es na Ăsia, secas e inundaçÔes na Ăfrica e chuvas torrenciais na Europa deixam um rastro de mortes e de destruiçãoâ, disse.
Fonte: revistaoeste