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Política

Lula esquiva pergunta sobre Selic, ataca Campos Neto e elogia Galípolo: Entenda a polêmica

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Na manhã desta quarta-feira, 12, em entrevista à Rádio Diário FM, de Macapá, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva evitou falar sobre o aumento da , a Selic. Em vez de explicar o cenário econômico, o petista preferiu atacar o ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e exaltar o atual, seu indicado, Gabriel Galípolo.

Ao longo do ano passado, Lula e o PT criticaram Campos Neto e afirmaram que o economista atuava contra o Brasil. Na primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), composta da nova gestão, em 29 de janeiro de 2025, o órgão decidiu pelo aumento da Selic em 1 ponto porcentual — foi de 12,25% ao ano para 13,25% ao ano.

Em certo momento da conversa, o apresentador Luiz Melo perguntou a Lula a razão de os juros terem crescido tanto no Brasil recentemente. “Por que os juros, a partir do Banco Central, têm crescido tanto ultimamente, presidente?”, indagou Melo. “Antes, a culpa era do Campos Neto, com quem o senhor não era tão afinado como com o atual, Galípolo… Qual a razão, presidente?”

Apesar de a pergunta ser sobre a Selic, Lula concentrou sua resposta nos dois economistas, Campos Neto e Galípolo.

“Eu acho que o Roberto Campos teve um comportamento anti-Brasil no Banco Central”, respondeu Lula.

“Falava mal do Brasil o tempo inteiro, passava descrédito aos empresários, inclusive no exterior, e ele foi se comprometendo e aumentando cada vez mais a taxa de juros. Não é possível você imaginar que Galípolo daria um cavalo de pau na economia brasileira. Tenho certeza que o Galípolo vai consertar a taxa de juros, precisamos dar tempo a ele.”

A indicação de Gabriel Galípolo ocorre no momento em que ele é o principal cotado para assumir a vaga de Campos Neto no futuro
O Atual Presidente Do Banco Central, Gabriel Galípolo | Foto Lula Marques/Agência Brasil

Desde que voltou ao poder, em janeiro de 2023, Lula viu a Selic em uma espécie de gangorra. Primeiro, os juros caíram de 13,75% ao ano para 10,50% ao ano.

Apesar disso, com base na meta de inflação estabelecida pelo governo petista, o Banco Central concordou em aumentos sucessivos, chegando ao patamar atual de 13,25%.

Enquanto Campos Neto, o indicado do ex-presidente Jair Bolsonaro, comandava o Banco Central e liderava as reuniões do Copom, Lula e aliados atacavam as decisões do órgão.

Fonte: revistaoeste

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