“Imagina vocês se o pessoal do agronegócio que não gosta de nós tivesse ouvido o Eraí falar. Ele que possivelmente é maior que todos que falem mal de nós. Porque está dizendo apenas a verdade. Não tem uma única mentira”, afirmou Lula, diante de empresários e ministros, no Palácio Itamaraty, nesta quinta-feira (4), durante reunião do Conselhão.
A fala dele vem após Eraí defender que as exigências ambientais não são entraves ao agronegócio, mas sim a solução. O empresário do agronegócio pontuou, por exemplo, que a transição dos combustíveis fósseis, como petróleo, para os renováveis, como etanol, são positivos para o agro.
Nessa toada, o presidente Lula lembrou que os vetos não foram por desconfiança, mas por responsabilidade com o futuro do setor. Para ele, as pressões internacionais por sustentabilidade não devem ser vistas como frescura ideológica, mas como mecanismo do mercado que precisam ser observados.
“Nós não vetamos porque não gostamos do agronegócio, nós vetamos para proteger o agronegócio. Porque essa mesma gente que derrubou meus vetos, quando a China parar de comprar soja, quando a Europa parar de comprar soja, quando alguém parar de comprar nossa carne, quando alguém parar de comprar nosso algodão, vão falar comigo outra vez: ‘Presidente, fala com o Xi Jinping, presidente fala com a União Europeia, fala com a Rússia’”.
Ao criticar o negacionismo climático e o discurso de perseguição, Lula defendeu que o Brasil pare de se ver como país fraco. “Esse país não tem que se tratar como um país pequeno, como um país insignificante, como um país de terceiro mundo. Esse país tem que se tratar com o respeito de um país que tem um povo capaz, trabalhador, que tem uma base intelectual muito forte, que tem universidades sólidas e que tem gente que quer vencer.”
Fonte: Olhar Direto






