O Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quarta-feira, 13, que seu governo continuará tentando negociar com os a redução das tarifas de 50% a produtos brasileiros. O presidente norte-americano Donald Trump impôs a medida, que começou a valer neste mês.
Essa declaração do petista contrasta com o que ele disse em 7 de agosto, quando descartou a possibilidade de diálogo e afirmou que não iria se “humilhar” para Trump.
“O dia que a minha intuição me disser que o Trump está disposto a conversar, eu não terei dúvida de ligar para ele”, disse Lula. “Mas hoje a minha intuição diz que ele não quer conversar. E eu não vou me humilhar. Um presidente da República não pode ficar se humilhando para outro.”
Nesta quarta-feira, no entanto, Lula disse que segue tentando negociar com os EUA. Afirmou também que quer negociar questões como o comércio de etanol. Segundo ele, a decisão de não adotar por enquanto medidas de retaliação visa evitar que as relações bilaterais piorem.
As declarações ocorreram durante cerimônia para assinatura de medida provisória “Brasil Soberano”, voltada a setores afetados pelas sobretaxas.
Também nesta quarta-feira, o governo Lula anunciou um “plano de contingência” para reduzir o impacto das tarifas e apoiar as empresas. Entre as medidas estão uma linha de crédito de R$ 30 bilhões, aumento de compras governamentais, adiamento de impostos e reforma do Fundo de Garantia à Exportação.
Nesta terça-feira, 12, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que o custeio das ações será via crédito extraordinário, fora do limite de gastos do arcabouço fiscal, mas com impacto na meta fiscal.
Fonte: revistaoeste