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Luciléia se destaca no futsal feminino durante a Copa: uma celebração ao talento da jogadora

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Luciléia, maior artilheira da Seleção Brasileira de futsal feminino, vive aos 42 anos um dos capítulos mais simbólicos de sua carreira ao disputar a primeira Copa do Mundo Feminina de futsal feminino organizada sob chancela da FIFA e com apoio institucional da CBF. A pioneira veste a emblemática camisa 10 e leva ao mundial toda a experiência construída em quase duas décadas de protagonismo.

A craque soma 91 gols em 81 partidas oficiais pela seleção, números reconhecidos pela Confederação Brasileira de Futebol como referência histórica da modalidade. A estreia no futsal aconteceu ainda na infância, quando improvisava traves com chinelos em um quarto vazio da casa da mãe, em Santo Ângelo (RS). Naquele período, o esporte ainda era dominado por equipes masculinas e raramente oferecia espaço para meninas. “Não tinha muitas para jogar comigo, quase sempre treinava sozinha”, recorda.

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O cenário começou a mudar na escola, onde integrou a equipe feminina que avançou de torneios regionais à Taça Brasil, competição tradicional do calendário da CBF e das federações estaduais. O destaque a levou ao Kindermann-SC, em 2006, clube reconhecido por revelar talentos no futsal e no futebol. Ali, acumulou títulos e alcançou a seleção principal.

Depois de seis temporadas, partiu para a Europa e construiu carreira sólida no Sinai, da Sardenha. A convivência com outras brasileiras facilitou a adaptação, embora a saudade do país nunca tenha deixado de acompanhá-la. “O Brasil é minha casa. Sempre levo minha erva-mate, mas tomar chimarrão aqui tem outro sabor”, conta.

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O mundial chega como símbolo de conquista coletiva. Segundo Luciléia, a realização da competição representa o reconhecimento de gerações que lutaram pela consolidação do futsal feminino no Brasil, categoria que há anos reivindica maior estrutura e calendário oficial. “Esperamos muito tempo por isso. Será um divisor de águas para a modalidade”, afirma.

A camisa 10 destaca a força do elenco brasileiro, elogiado por sua técnica e histórico de títulos em torneios organizados pela CBF e pela Conmebol. Ainda assim, alerta para os detalhes mentais decisivos em competições internacionais. “O Brasil com a bola no pé é uma das melhores seleções do mundo. Confio 100% nessas meninas.”

Luciléia trata sua presença no torneio como vitória pessoal e coletiva. “Quando comecei, as dificuldades eram enormes. Hoje fico feliz que a próxima geração terá um futsal melhor. Sempre tivemos uma história de luta”, completa.

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Fonte: cenariomt

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