Lideranças indígenas de MT participam de missão técnica do Sebrae na ABAV Expo, no Rio de Janeiro
Representantes dos povos Haliti-Paresi, Manoki, Myky e Rikbaktsa integram a comitiva que busca fortalecer o etnoturismo e ampliar oportunidades de negócios sustentáveis em Mato Grosso
09/10/2025 às 13:46
Uma comitiva formada por 21 representantes das comunidades indígenas Haliti-Paresi (Campo Novo do Parecis), Manoki, Myky e Rikbaktsa (Brasnorte), conduzida pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT), participa da missão técnica durante a ABAV Expo 2025 – a maior feira de turismo da América Latina –, realizada no Rio de Janeiro/RJ, entre os dias 8 e 10 de outubro.
O evento, promovido pela Associação Brasileira das Agências de Viagem (ABAV), tem como objetivo ampliar o acesso dessas comunidades ao mercado turístico, fomentar negócios sustentáveis e promover capacitação voltada ao fortalecimento do etnoturismo em Mato Grosso.
A iniciativa é uma parceria do Sebrae/MT com as prefeituras municipais de Campo Novo do Parecis e Brasnorte, e oferece aos participantes uma programação intensa, com rodadas de negócios com operadores de turismo, visitas técnicas a estandes de destinos consolidados, palestras sobre gestão e marketing turístico, além de atividades de capacitação voltadas à comercialização de experiências culturais.
A coordenadora da Agência Sebrae em Tangará da Serra, Silvia Fraga, destaca que a intenção é proporcionar uma imersão completa no ambiente profissional do turismo. “Queremos que as lideranças vivenciem a ABAV Exo 2025 em sua totalidade, entendam as tendências do setor e estabeleçam contatos que possam gerar oportunidades reais de negócio para suas comunidades”, afirma.
Segundo Silvia, os participantes foram selecionados com base no envolvimento das comunidades em projetos de etnoturismo acompanhados pelo Sebrae Mato Grosso. “Selecionamos povos que já possuem iniciativas estruturadas, com produtos e roteiros em desenvolvimento, e que demonstram comprometimento com a gestão e o fortalecimento da atividade turística em seus territórios”, detalha.
Ela ressalta ainda que a diversidade cultural dos povos Haliti-Paresi, Manoki, Myky e Rikbaktsa é um diferencial que enriquece a experiência coletiva e amplia a representatividade indígena no evento.
A missão vai além da capacitação técnica, ela busca a inserção das comunidades indígenas no mercado de turismo nacional e internacional. “Esperamos resultados concretos, como o fechamento de parcerias comerciais e o fortalecimento da imagem do etnoturismo como um segmento competitivo e sustentável. Também buscamos ampliar a rede de contatos e inspirar novas práticas de gestão e promoção das experiências culturais”, afirma Silvia Fraga.
O Sebrae/MT prevê ainda a continuidade das ações após a missão, com acompanhamento técnico e novas etapas de capacitação. “Queremos transformar o aprendizado em resultados duradouros. A partir dessa vivência, pretendemos desenvolver novos projetos de comercialização e qualificação, consolidando o etnoturismo como vetor de geração de renda e valorização cultural em Mato Grosso”, conclui.
Fonte: Sebrae