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Cinema

Lei na Califórnia obriga Netflix a diminuir volume de intervalos comerciais: anúncios muito altos?

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A Califórnia acaba de aprovar uma lei que promete aliviar um incômodo comum entre os usuários de plataformas de streaming: os anúncios com volume muito mais alto do que o conteúdo assistido. O governador Gavin Newsom sancionou nesta segunda-feira (7) uma legislação que proíbe propagandas excessivamente barulhentas em serviços como Netflix, Hulu e Amazon Prime Video.

A medida foi inspirada em um padrão já existente para a TV tradicional. Em 2010, uma lei federal passou a limitar o volume dos anúncios em emissoras e canais a cabo, mas as regras não se estendiam aos streamings. Agora, o estado da Califórnia pretende aplicar os mesmos critérios às plataformas digitais — e, devido à influência que exerce sobre a indústria do entretenimento, a norma pode acabar se tornando um padrão nacional.

“Ouvimos os californianos alto e claro, e o que ficou evidente é que eles não querem comerciais com volume maior do que o programa que estavam assistindo”, declarou Newsom. “A Califórnia está reduzindo esse incômodo nas plataformas de streaming”, completou o governador.

Lei assinada por Gavin Newsom impõe limites de volume para anúncios em streamings como Netflix, Hulu e Prime Video

O projeto de lei, identificado como SB 576, foi proposto pelo senador estadual Tom Umberg, do condado de Orange. A ideia surgiu a partir de uma situação doméstica. Segundo o parlamentar, seu diretor legislativo, Zach Keller, reclamou que anúncios altos estavam acordando sua filha recém-nascida. “Este projeto foi inspirado pela bebê Samantha e por todos os pais exaustos que finalmente fazem um bebê dormir, apenas para ver um comercial estridente estragar tudo”, disse Umberg.

A proposta enfrentou resistência inicial de grandes empresas de Hollywood. A Motion Picture Association (MPA) e a Streaming Innovators Alliance — que representam conglomerados como Disney, Paramount, Amazon e Netflix — argumentaram que os anúncios vêm de múltiplas fontes e são difíceis de controlar. A MPA afirmou que engenheiros de áudio já estavam trabalhando em soluções técnicas e pediram mais tempo para ajustá-las sem o risco de ações judiciais.

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Após negociações, o texto foi alterado para proteger as plataformas de processos individuais, deixando a fiscalização sob responsabilidade da Procuradoria-Geral do estado. Com isso, a oposição foi retirada, e o projeto recebeu apoio quase unânime de democratas e republicanos no Legislativo.

As plataformas terão até julho de 2026 para se adequar aos novos limites de volume — e, até lá, o público poderá esperar anúncios um pouco menos ensurdecedores entre um episódio e outro.

Fonte: adorocinema

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