Além do material didático, os cerca de 20 estudantes selecionados receberão bolsas de estudo, vale transporte e auxílio alimentação, com o objetivo de promover inclusão digital, capacitação profissional e empregabilidade.
Fernando, que veio de São Paulo, disse que a iniciativa também surgiu como uma forma de retribuir à sociedade o sucesso que obteve em Cuiabá.
“Eu, com 16 anos de idade, me inscrevi num curso de montagem e manutenção de computadores. Foi assim que eu ingressei no mercado de tecnologia e me desenvolvi no mercado de tecnologia até criar uma empresa referência nacional. Isso nasceu de uma inquietude minha, de uma vontade que eu tinha de devolver à sociedade tudo aquilo que a tecnologia me deu”.
O foco é em jovens de regiões onde há maior vulnerabilidade pois, para o presidente da Log Lab, a tecnologia é o caminho mais rápido e seguro para garantir uma ascensão social.
“Hoje a forma é mais fácil de você pegar um jovem com vulnerabilidade social e trazer ele para o mercado de trabalho com uma qualidade de emprego boa, com um salário bom, é através da tecnologia. Com pouco tempo de esforço comparado a outras profissões, como medicina, como direito, como qualquer outra profissão, você ingressa muito rápido no mercado de trabalho”, disse Fernando.
Parte das aulas serão ministradas na UFMT, por professores e também alunos do Instituto de Computação. A coordenadora do projeto, na Universidade Federal, a professora Vanessa de Oliveira Campos, disse que não houve receio quanto à parceria, quando foram procurados pela Log Lab.
“Uma das nossas missões, que é a principal dentro da UFMT, é a formação profissionais. É algo que nos deixa bastante felizes e vendo essa oportunidade de chegar a pessoas mais vulneráveis, isso nos brilhou os olhos, no sentido de que a gente poderia dar oportunidade a mais pessoas, não só àqueles que já entram na universidade, aqui a gente teria uma oportunidade de alcançar jovens em situação de vulnerabilidade e que podem, através da formação, ter maiores oportunidades”, pontuou.
O secretário de Estado de Educação de Mato Grosso, Allan Porto, também esteve presente no evento. Os beneficiados são estudantes da rede pública do estado e o secretário disse que esta pode ser uma boa experiência para buscar novas parcerias no mesmo sentido, para beneficiar mais estudantes.
“É isso que nós queremos. O estado de Mato Grosso com uma economia muito pujante, muito forte e essas profissões da área de tecnologia cada vez mais fortalecidas. O país hoje precisa de 800 mil vagas de emprego na área de tecnologia, mas só consegue formar 53 mil. Então perceba que existe uma distância muito grande do que o mercado precisa e do que as universidades estão formando”, disse.
O Conecta Jovem terá carga horária total de 250 horas e abrange dez módulos práticos, que vão desde introdução ao mundo digital e pensamento computacional até desenvolvimento web, design digital, inteligência artificial e banco de dados. Ao fim do curso os estudantes receberão um certificado da UFMT e, a depender do desempenho de cada um, poderão sair já com um emprego encaminhado.
“A ideia é que tenha outras edições, porque foi uma surpresa esse monte de jovens inscritos, para que a gente possa atingir o máximo de jovens nas próximas edições”, disse Fernando.
Fonte: Olhar Direto






