O Dia da Visibilidade Trans nos Estados Unidos foi celebrado no último dia 31 de março. Na ocasião, Kesha concedeu uma longa entrevista para a revista Paper, onde entre diversos assuntos também falou sobre os direitos de pessoas transexuais, que estão sendo ceifados pelo governo do presidente Donald Trump. Kesha foi firme em seu posicionamento disse que não pretende se calar.
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A entrevista com Kesha foi conduzida por Bob The Drag Queen, que introduziu o tema dos direitos de pessoas trans ao falar sobre a mensagem que gostaria de passar ao fãs enquanto artista. “Eu adoraria poder ficar na frente dos meus fãs e dizer ‘está tudo maravilhoso, não se preocupem’, mas eu não acho que isso seja real,” disse Bob.
Na sequência, a cantora e voz do mega hit global “Tik Tok” falou sobre como sempre foi muito bem acolhida pela comunidade LGBTQIAPN+ e como se sente uma grande aliada. Kesha aproveitou para reafirmar seu compromisso diretamente com pessoas trans e disse que não pretende se calar frente às normas do novo governo americano:
“O Dia da Visibilidade Trans me faz pensar no quanto a comunidade trans tem sido um grande apoio [para mim]. A comunidade queer é a minha comunidade e sempre esteve ao meu lado. É ali que eu pertenço. E além disso, para qualquer pessoa marginalizada, como você acabou de dizer, quero que todos saibam que eles têm uma aliada, alguém que é uma guerreira. Eu não vou me render, não vou me calar sobre direitos humanos básicos.”
Kesha ainda lembrou o seu próprio caso judicial contra Dr. Luke, quando teve seus direitos e liberdade retirados, para ressaltar a importância dos mesmos para qualquer ser-humano: “Como alguém que teve suas liberdades tiradas e lutou como nunca para recuperá-las, vou ecoar isso em tudo o que eu fizer até o dia em que eu morrer.”
Foto: Jakob Wandel
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Novo álbum “.” (“Period”)
Na mesma entrevista, Kesha também falou sobre seu sexto álbum, “.”, que será lançado no dia 4 de julho. O desejo dela é que o álbum sirva como um “espaço seguro” para as pessoas, onde através da música elas se sintam “plenamente conectadas com seus corpos e livres”:
“Se você quer encontrar sua comunidade e um espaço seguro para ser exatamente quem você é e ser celebrado por isso, eu te convido a se juntar a nós. Eu gostaria de começar uma revolução do amor. Quero criar um verão itinerante do amor, uma comunidade de amor. Quero oferecer a todos nós um lugar onde possamos simplesmente ser nós mesmos.”
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Falando sobre o novo governo dos EUA, ela continuou:
“Em meio a todo esse caos, a coisa mais política que podemos fazer é amar a nós mesmos, amar uns aos outros e criar um espaço onde possamos nos reunir e espalhar o máximo de amor possível. Esse é o meu objetivo para o verão.”
Fonte: portalpopline