A Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) restabeleceu o bloqueio de dois imóveis de Raquel Massufero Izar Sávio, apontada como possível “laranja” do irmão, João Nassif Massufero Izar. Ele é apontado como líder de uma organização criminosa investigada na Operação Xeque-Mate por fraudes estimadas em R$ 70 milhões.
A decisão unânime seguiu o voto do relator, Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, que atendeu um recurso do Ministério Público Estadual (MPE). O acórdão foi disponibilizado em 1º de dezembro.
A decisão reverteu parcialmente a sentença da 5ª Vara Criminal de Sinop, que havia liberado três imóveis da investigada.
O Tribunal determinou a manutenção da constrição sobre os imóveis de matrículas nº 47.236 (em Sorriso) e nº 49.337 (em Jaú/SP), adquiridos em 2019 e 2020.
As investigações indicam que, embora registrados em nome de Raquel, os imóveis eram efetivamente administrados por João Nassif, que usava a irmã para ocultar bens.
Interceptações telefônicas mostram tentativas de venda do imóvel em Sorriso, reforçando a suspeita de interposição de pessoa para a prática de crimes patrimoniais.
O relator do caso, desembargador Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, afirmou que a aquisição dos imóveis durante o período de atuação da organização criminosa e os elementos colhidos pela polícia atendem aos requisitos legais para o sequestro.
Já o terceiro imóvel, de matrícula nº 57.624, também em Jaú e adquirido em 2011, teve a constrição mantida liberada por estar fora do período investigado, mantendo-se a presunção de boa-fé.
A OPERAÇÃO
A Operação Xeque-Mate apura crimes de lavagem de dinheiro e receptação de cargas de defensivos agrícolas e grãos roubados.
O Ministério Público afirma que a quadrilha utilizava terceiros para ocultação de bens obtidos de forma ilícita.
Fonte: odocumento






