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Juíza exonera homem de pensão à ex-esposa: Pensão não pode ser eterna fonte de renda

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Via @estadodeminas | Uma recente decisão judicial em Goiânia destaca a exoneração de um homem do pagamento de pensão alimentícia à sua ex-esposa após três décadas de divórcio, trazendo à tona discussões sobre a independência financeira e o tempo razoável para um alimentado prover seu próprio sustento.

Quais fatores levaram a exoneração da pensão alimentícia após 30 anos?

De acordo com a decisão da juíza Lívia Vaz da Silva, da 7ª vara de Família de Goiânia, a obrigação de prestação de alimentos permanece apenas até o momento em que o beneficiário consegue se sustentar. A ex-esposa, no caso, teve três décadas para buscar autonomia financeira.

Para explicar os motivos que fundamentaram a decisão, a sentença ressaltou alguns aspectos essenciais da permanência e do término do dever alimentar:

  • Consideração da independência econômica da ex-esposa após 30 anos de divórcio.
  • Pensão não pode servir como fonte de renda eterna.
  • Reconhecimento do prazo razoável para a reversão da dependência econômica.

Por que a pensão alimentícia não deve ser considerada uma renda vitalícia?

A magistrada destacou que o objetivo da pensão alimentícia não é se transformar em uma fonte permanente de renda. Após um período adequado, o pagamento deve estimular a autonomia financeira entre as partes.

Esse posicionamento reforça o entendimento de que o término do relacionamento deve impulsionar a busca pela independência, fornecendo ao beneficiário tempo suficiente para reorganizar sua vida, sem perpetuar a dependência.

Quanto tempo é considerado razoável para reverter dependência econômica?

Mesmo sem um prazo previamente definido nos alimentos, o julgamento reconheceu que três décadas representaram tempo mais do que suficiente para que a dependência econômica fosse superada. A análise ponderou o contexto do longo período entre o divórcio e o pedido de exoneração.

O tribunal avaliou que, diante dessa temporalidade, a obrigatoriedade poderia inviabilizar o princípio da autonomia e desestimular o desenvolvimento da capacidade de sustento próprio por parte da ex-esposa.

Quais são os limites da pensão alimentícia após a separação?

Neste caso, a solicitação de exoneração foi pautada na passagem do tempo e não apenas na modificação do chamado binômio possibilidade-necessidade. O processo analisou se o período transcorrido permitiu ao beneficiário alcançar sua própria sustentação.

Vale lembrar que os alimentos têm caráter excepcional e devem ser aplicados com restrição, sempre incentivando a reconstrução financeira após o fim do relacionamento.

Como a decisão incentiva a independência financeira entre as partes?

No entendimento do tribunal, a exoneração do pagamento de pensão alimentícia reforça a necessidade de estimular a independência econômica após a dissolução conjugal. Essa postura busca evitar perpetuar vínculos de dependência, promovendo a autonomia e responsabilidade financeira entre os ex-cônjuges.

Veja abaixo algumas considerações ressaltadas na decisão:

  • A decisão enfatizou a importância da independência econômica após o divórcio.
  • Pensões alimentícias devem ser temporárias, atuando como incentivo à autonomia financeira.
  • Jurisprudência indica que dependências econômicas não devem ser perpetuadas indefinidamente.

Advogada atuante na causa: Camila Dalla Vecchia Buschmann.

Fonte: @estadodeminas

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