Via @ndmais | Um jovem de 21 anos foi condenado a 17 anos e quatro meses de prisão por matar o próprio padrasto com nove golpes de faca, em Joinville. Railson de Azevedo dos Santos dormia em uma rede quando foi atacado. O crime ocorreu em 3 de fevereiro deste ano, no bairro Espinheiros.
Segundo o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), o homicídio foi motivado por uma disputa patrimonial envolvendo um imóvel no Amapá, estado natal de ambos. O réu aproveitou o momento em que Railson descansava, impedindo qualquer possibilidade de defesa.
Durante o Tribunal do Júri, realizado nesta segunda-feira (17), os jurados acolheram integralmente as provas apresentadas pelo MPSC e rejeitaram a tese de homicídio privilegiado defendida pela defesa. As qualificadoras de motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima foram mantidas.
Júri confirma motivo fútil em caso de jovem que mata padrasto
O acusado foi condenado por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e por dificultar a defesa da vítima. Os jurados rejeitaram a tese de homicídio privilegiado apresentada pela defesa e acolheram integralmente as provas da acusação.
“A decisão proferida pelo Júri Popular representa uma resposta firme da sociedade contra a violência intrafamiliar, especialmente em um ato tão covarde e brutal, motivado por futilidade”, afirmou a promotora de Justiça Rachel Urquiza Rodrigues de Medeiros, responsável pelo caso.
Réu seguirá preso
Da sentença cabe recurso, mas o condenado não poderá recorrer em liberdade. O juiz determinou a execução provisória da pena, seguindo entendimento do STF sobre a soberania dos veredictos do Tribunal do Júri.
“A pena aplicada reafirma a intolerância da Justiça frente a crimes que rompem os laços de confiança e ceifam vidas de maneira cruel, servindo de alerta e reparação, ainda que não possa aplacar a dor que os familiares sentem pela perda insubstituível da vítima”, completou a promotora.
Yasmin Rech
Fonte: @ndmais







