Muitas pessoas, fãs dos filmes de ação de Jason Statham, devem imaginar já ter visto a sua filmografia. No entanto, há sempre uma pérola escondida no passado de todo artista. É bem possível que você ainda não tenha visto o astro se entregando à fantasia de , um épico dirigido por , que foi arrasado pela crítica e pelo público em seu lançamento.
É bastante claro que o longa foi uma tentativa tardia de capitalizar o sucesso da trilogia , de . Lançado em 2007, não foi o único filme a tentar esse feito épico, mas certamente é o pior, e o nível não foi exatamente mais alto do que títulos como e .
Desastre absoluto
20th Century Studios
Obviamente, ter alguém como Boll atrás das câmeras nunca inspirará otimismo, mas dois fatores se uniram aqui e deveriam ter trabalhado a seu favor. Primeiro, um elenco repleto de rostos conhecidos e, segundo, é o filme mais caro do seu diretor, com um orçamento superior a 60 milhões de dólares.
O problema é que não importa quanto dinheiro você tem ou quanto talento há em seu elenco, se todo o resto não der certo e você acabar com uma aventura de papelão. O que Em Nome do Rei oferece é um passatempo, notável por existirem cenas ainda mais absurdas do que Statham lutando contra uma raça claramente inspirada em orcs, os Krugs, com um bumerangue falso. De personagens isolados a situações dramáticas que chegam mais perto do ridículo do que qualquer outra coisa, não há nada aqui que valha a pena salvar.
Imagino que se possa dizer que há alguns momentos visuais que se destacam devido aos cenários utilizados — ou que algumas batalhas não são totalmente constrangedoras —, mas não é algo que Boll saiba capitalizar. A sensação predominante aqui é a de que se trata de uma cópia terrível de O Senhor dos Anéis, que chega a arruinar o que deveriam ser seus pontos fortes. O melhor exemplo disso é Ray Liotta, tão patético que basicamente joga no mesmo nível de no desastroso .
Por sua vez, Statham entrega exatamente o que se esperaria de um filme de ação. O único problema é que aqui ele enfrenta uma raça amorfa em vez de um grupo de criminosos. Algo assim realmente se encaixa em um universo de fantasia épica? Nem tanto, mas pelo menos ele sabe o que pode trazer e não se perde em diálogos risíveis, algo que acontece com vários membros do elenco.
Como esperado, Em Nome do Rei foi um grande fracasso de bilheteria, com uma arrecadação mundial de apenas 13 milhões de dólares. No entanto, esse fiasco não desanimou Boll, que acabou transformando a saga em uma trilogia. É claro que não havia nenhum vestígio de Statham em sequências que custaram muito menos que o primeiro filme, e duvido que ele algum dia lhes dê uma outra chance.
Fonte: adorocinema
