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Irã negocia a compra de caças chineses: parceria estratégica em discussão

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O decidiu iniciar uma reestruturação emergencial na sua . Motivo: o conflito relâmpago contra Israel em junho de 2025. Depois do fracasso na compra de caças russos Su-35, que não foram entregues na sua totalidade, Teerã passou a negociar a aquisição de até 36 aeronaves de combate J-10C, com fabricação chinesa.

O modelo, de geração 4.5, representa uma alternativa moderna e principalmente acessível para países sob sanções internacionais. A possível aquisição pode alterar o equilíbrio de Forças Aéreas no belicoso Oriente Médio.

Conhecido como “Vigorous Dragon”, o J-10C tem equipamentos de última geração e capacidade para transportar mísseis de longo alcance. Além disso, suas características o colocam em patamar próximo a caças ocidentais, como o Rafale francês e o Eurofighter Typhoon europeu.

Conforme o site Bulgarian Military, fontes com acesso ao setor de defesa iraniano estimam que o acordo envolve entre 30 e 40 unidades. Parte do pagamento seria feita em petróleo, no âmbito da parceria estratégica de 25 anos firmada entre China e Irã em 2021. Pequim evita comentar publicamente o tema, mas analistas admitem avanço nas tratativas.

O movimento de reforço ocorre depois dos ataques de Israel e Estados Unidos, no início de junho. A ofensiva, que durou 12 dias, atingiu alvos estratégicos, como bases militares e instalações nucleares. Embora a mídia estatal iraniana divulgue ter eliminado muitos adversários, o comando militar de Teerã reconheceu falhas em sua capacidade de defesa aérea.

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A fragilidade da frota nacional tornou-se evidente diante da ausência de meios para garantir superioridade ou mesmo interceptar os ataques, ao contrário do que se vê na tática defensiva israelense. A experiência expôs limitações estruturais e acelerou a revisão dos planos de modernização militar.

Desde 2022, o Irã vinha negociando com a Rússia a compra de caças Su-35. Os resultados, contudo, se traduziram em frustração. Um número simbólico de aeronaves foi entregue. Por trás do fracasso estão, sobretudo, dificuldades logísticas e operacionais de Moscou para cumprir o acordo. Afinal, a demanda coincide com a guerra na Ucrânia.

Desse modo, a mudança de fornecedor reflete, além da busca tecnologia mais eficiente, um reposicionamento geopolítico em direção à China. O país comandado pelo ditador Xi Jinping desfruta junto de Teerã de uma reputação mais confiável em um momento de vulnerabilidade regional e permanentes ameaças contra governos totalitários, como é o caso do Irã. 

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Fonte: revistaoeste

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