O primeiro levantamento das intenções de confinamento, realizado em abril, fechou em 669,44 mil animais no cocho, uma queda de 24,99% em relação a outubro de 2024. Segundo a pesquisa realizada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a perspectiva mostra também um volume 7,65% inferior em relação à projeção no mesmo período do ano passado.
A retração na perspectiva de volume confinado, segundo o Instituto,é normal nos primeiros levantamentos do ano.
Apesar da alta no preço do boi gordo, a relação de troca com o principal insumo energético (o milho que encareceu devido a alta demanda e queda na produção da safra 2023/24), reduziu, aumentando o custo da diária confinada para R$ 12,42 por cabeça por dia.
A pesquisa mostra que 69,57% dos entrevistados, de um total de 115 participantes, já haviam decidido realizar a terminação em confinamento. Por outro lado, 23,48% não irão confinar animais para engorda, enquanto 6,96% ainda não tomaram uma decisão definitiva até o momento.
A redução concentra nos confinamentos de médio porte, enquanto confinadores com estruturas menores e maiores indicaram aumento na intenção de confinar. Conforme o Imea, se os preços do boi gordo continuarem avançando, o número de confinadores intermediários tende a ser ajustado nos próximos meses do ano.

Já na previsão de envio de animais para abate, a maior concentração está projetada para ocorrer no 2º trimestre do ano, com 35,72% do total de gado projetado para engorda em confinamento.
Aumento custo da diária e proteção de preços
Com a valorização do milho, observa-se na pesquisa um aumento na diária de confinamento em relação ao consolidado de 2024 que sai de R$ 11,84 por cabeças por dia para R$ 12,42 por cabeça por dia.
Essa valorização do milho está fortemente relacionada à crescente demanda por parte das usinas e a queda na produção na safra 2023/24.
Neste ano, conforme o Imea, o uso da bolsa de valores como ferramenta de proteção recuou de forma significativa. Em 2024, 22,75% dos entrevistados relataram ter utilizado essa estratégia. Já em 2025, o percentual caiu para 4,55%.
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Fonte: canalrural