O IPCA-15, considerada a prévia da inflação oficial do país, atingiu 1,23% em fevereiro, segundo informações divulgadas pelo nesta terça-feira, 25. Essa foi a maior taxa para o mês desde 2016, quando o indicador foi de 1,42%.
Na comparação com o mês passado, o aumento foi de 1,12 ponto porcentual (p.p.). No ano, o IPCA-15 acumula alta de 1,34% e, nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,96%, acima dos 4,50% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2024, o indicador foi de 0,78%.
O índice foi puxado, especialmente, pela alta no preço da energia elétrica residencial, que subiu 16,33% em fevereiro. Além disso, o baixo índice de desemprego no país também contribui para o aumento da atividade econômica, o que gera inflação.
Dos nove grupos pesquisados, habitação (4,34%) teve o maior impacto (0,63 p.p.) no índice do mês, enquanto educação apresentou a maior variação (4,78% e impacto de 0,29 p.p.). As demais variações ficaram entre o -0,08% de vestuário e o 0,61% de alimentação e bebidas.
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No grupo habitação (4,34%), a energia elétrica residencial foi o subitem com o maior impacto positivo na prévia da inflação (0,54 p.p.), que subiu 16,33% em fevereiro em função da incorporação do bônus de Itaipu.
Em educação (4,78%), a maior contribuição veio dos cursos regulares (5,69%), por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo. As maiores variações vieram do ensino fundamental (7,50%), do ensino médio (7,26%) e do ensino superior (4,08%).
No grupo alimentação e bebidas (0,61% e 0,14 p.p.), a alimentação no domicílio aumentou 0,63% em fevereiro, abaixo do resultado de janeiro (1,10%). As principais variações positivas foram as de cenoura (17,62%) e do café moído (11,63%) e, no lado das quedas, destacaram-se a batata-inglesa (-8,17%) o arroz (-1,49%) e as frutas (-1,18%).
A alimentação fora do domicílio desacelerou de 0,93% em janeiro para 0,56% em fevereiro. Tanto a refeição (0,43%) quanto o lanche (0,77%) tiveram variações inferiores às observadas no mês anterior (0,96% e 0,98%, respectivamente).
No grupo dos transportes (0,44% e 0,09 p.p.), os combustíveis aumentaram 1,88%. Houve aumentos nos preços do etanol (3,22%), do óleo diesel (2,42%) e da gasolina (1,71%), enquanto o gás veicular teve resultado negativo de 0,41%. As passagens aéreas tiveram redução de 20,42%.
Em janeiro, prévia da inflação subiu nas 11 áreas
Quanto aos índices regionais, a maior variação foi observada no Recife (1,49%), por conta das altas da energia elétrica residencial (14,78%) e da gasolina (3,74%). Já o menor resultado ocorreu em Goiânia (0,99%), em razão das quedas nas passagens aéreas (-26,67%) e do arroz (-2,67%).
Fonte: revistaoeste