Representantes da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e o presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Arthur Chioro, fizeram, nesta terça-feira (17), uma visita técnica às obras do novo Hospital Universitário Júlio Müller, em Cuiabá.
O projeto do hospital teve início em 2012 com o objetivo de atender à demanda da Copa do Mundo de 2014. No entanto, quando o evento começou, menos de 10% da construção estava concluída. A obra ficou paralisada por sete anos e só foi retomada em 2021, por meio de uma parceria entre os governos federal e estadual, em conjunto com a UFMT.
O novo complexo é composto por oito blocos e contará com 228 leitos de internação, 63 de UTI, 68 leitos de repouso, 12 centros cirúrgicos, 85 consultórios e setores de suporte como banco de sangue e triagem. A previsão do governo do estado é concluir a obra até o final deste ano.
Após a entrega física, a unidade começar a fase de transição, com o deslocamento gradual das estruturas da unidade atual para a nova sede, além da aquisição de novos equipamentos. O processo de implantação será feito por etapas e está estimado em R$ 140 milhões, valor que pode aumentar conforme o perfil assistencial definitivo do hospital for definido.
O presidente da Ebserh, Arthur Chioro, afirmou que a estrutura será implantada de forma gradativa.
“Não é só a mudança física, mas todo um planejamento de funcionamento. A transição levará, no mínimo, dois anos. Também é necessário pensar na logística, já que o novo hospital fica em uma região mais afastada do centro urbano”, disse.
Chioro acrescentou que a manutenção da nova estrutura do Júlio Müller exigirá um investimento anual de aproximadamente R$ 500 milhões, com recursos dos Ministérios da Saúde e da Educação. Ele garantiu ainda que toda a demanda atendida na unidade será o Sistema Único de Saúde (SUS).
O superintendente do Hospital Universitário Júlio Müller, Reinaldo Gaspar da Mota, destacou o papel da instituição no ensino e na formação dos estudantes da área da saúde.
“Nosso foco continuará sendo a qualificação e a vivência prática dos acadêmicos da UFMT. Vamos apresentar propostas à Assembleia Legislativa para garantir que o novo hospital mantenha esse compromisso com a formação”, afirmou.
Estrutura antiga
A reitora da UFMT, Marluce da Silva, explicou que a estrutura antiga do hospital permanecerá sob a responsabilidade da universidade.
“Solicitamos que o prédio atual continue sob custódia da UFMT e o governador respondeu positivamente. Ainda estamos avaliando o que será instalado ali, mas a ideia é que continue servindo à comunidade”, declarou.
Fonte: primeirapagina