A inadimplência entre as famílias da cidade de São Paulo voltou a subir em julho, alcançando o maior índice desde abril de 2024. Segundo dados divulgados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), 22,1% dos lares paulistanos estavam com contas em atraso, o equivalente a cerca de 905,7 mil famílias.
Em comparação com o mês anterior, o índice era de 21,6%. Já em relação a julho de 2023, quando o percentual era de 19,9%, o aumento também foi expressivo.
O levantamento também destacou que cresceu o número de lares que não terão condições de quitar as dívidas: 9,1% neste ano contra 8,2% no mesmo período de 2023.
Em contrapartida, o número total de famílias endividadas recuou ligeiramente, passando de 71,4% em junho para 70,9% em julho. Isso representa cerca de 2,9 milhões de lares com algum tipo de dívida.
O cartão de crédito continua sendo o principal meio de endividamento, seguido pelo financiamento imobiliário, que representa 15,7% dos casos.
A FecomercioSP avaliou que, apesar do crescimento da inadimplência, há sinais positivos na economia. “As condições de renda estão gradualmente melhorando, com atrasos concentrados no curto prazo e baixo comprometimento da renda”, informou a entidade.
Outros fatores que podem ajudar a estabilizar a situação financeira das famílias são o mercado de trabalho aquecido e a inflação sob controle, segundo a federação.
As informações fazem parte da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada mensalmente com cerca de 2,2 mil consumidores na capital paulista, com o objetivo de analisar o comportamento financeiro das famílias.
Fonte: cenariomt