No dia 27 de novembro, o governo federal apresentou um pacote de corte de gastos que fez o dólar disparar e atingir a marca histórica de R$ 6,12. Desde então, a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não conseguiu anunciar medidas que consigam reverter essa situação, o que fez a moeda norte-americana .
Em análise na edição desta sexta-feira, 6, , o comentarista disse que o câmbio se encaminha para bater um recorde em cotação de fechamento.
“Por que esse dólar continua acima de R$ 6?”, indagou Piotto. “São duas as razões e uma delas é doméstica. Nós temos um problema, sobretudo, na questão fiscal e, neste momento, tem uma questão que é de que o Congresso não quer avançar com a discussão do pacote antes de resolver a questão das emendas, que o Supremo interveio no processo.”
O analista disse que o Legislativo não quer ter que mexer em benefícios sociais, como o Benefício da Prestação Continuada e o salário mínimo. A solução para um contingenciamento robusto seria o próprio governo promover uma reforma administrativa e desinchar o tamanho da máquina pública.
“O fiscal é ruim, um governo que não tem maioria no Congresso e que também não consegue propor uma medida de ajuste das contas, ou seja, uma redução dos gastos de uma maneira mais intensa e um Congresso que está ressabiado.”
Dólar no Brasil aumenta com a geração de empregos nos Estados Unidos
Piotto disse que a geração de empregos nos Estados Unidos também influencia na valorização do dólar. O comentarista informou que houve um crescimento maior do que o mercado esperava. Ou seja, surpreendeu positivamente.
“Com isso, há uma ideia do investidor de que o vai manter as taxas de juros mais no alto”, explicou Adalberto Piotto. “Quando você tem um economia com segurança e estável, o investidor tende a levar o dinheiro para esse ‘paraíso de segurança’.”
Gabriel de Souza é estagiário da Revista . Sob supervisão de Anderson Scardoelli
Fonte: revistaoeste
