Os valores dos imóveis em Cuiabá tiveram alta, na média, de R$ 1 mil por metro quadrado entre 2022 e 2024, de acordo com o índice FipeZAP, um aumento de quase 22%. Na prática, uma habitação de 50 m² que custava R$ 250 mil em 2022 hoje está valendo R$ 305 mil. Apesar dessa valorização, Cuiabá segue com os preços mais baixos entre as capitais.
O aumento também não representou uma queda nas vendas no setor da habitação. De acordo com o Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais, Comerciais e Condomínios de Cuiabá e Várzea Grande (Secovi), houve um aumento na comercialização de imóveis. Foram 10.216 em 2024 contra 9.282 imóveis em 2023. O valor das transações também saltou de R$ 4,2 bilhões para R$ 4,6 bilhões apenas em Cuiabá, um aumento de 8,61%.
“Houve um aumento mais expressivo do financiamento na região sul, onde os imóveis são mais baratos. Onde a maioria deles você tem um benefício do Minha Casa, Minha Vida e uma taxa de juros menor. Mas a gente vê um crescimento consolidado depois do pico que nós tivemos em 2021, após a Covid”, destaca Marco Pessoz, presidente do Secovi.
De acordo com o Secovi, o financiamento imobiliário teve um papel central no desempenho do setor. O volume financiado cresceu 20,11%, alcançando R$ 847 milhões. Além disso, o percentual de imóveis adquiridos por meio de crédito subiu de 24,68% em 2023 para 26,86% em 2024. No total, as transações via financiamento representaram 27,24% do montante movimentado, um avanço de 13,19%.
“Nós estamos voltando mais ou menos ao número de 2022, acima de 10 mil unidades, e estamos projetando 2025 mais ou menos na mesma linha do que está em 2024”, concluiu Pessoz.
Para Claudecir Conttreira, presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de Mato Grosso (Creci-MT), o que houve, na verdade, foi uma valorização imobiliária, refletida em vários fatores, incluindo a queda no desemprego, a renda per capita, a boa safra agrícola de 2024 em Mato Grosso e a boa gestão do governo do Estado, que aumenta a confiança dos investidores.
“Um dos fatores que mais determinam isso, certamente, é a boa gestão pública, porque a fé do investidor acaba aumentando e isso impulsiona a valorização imobiliária”, destacou.
Conttreira também aponta que a localização dos imóveis influencia nos valores. “Tem imóveis no Pedra 90 que custam mais de R$ 1 mil o metro quadrado”, ressaltou, comparando com outras habitações na mesma região.
O presidente do Creci-MT também destacou que a cidade se desenvolve e regiões que antes eram pouco valorizadas podem ter alta demanda em poucos anos. Ele citou o exemplo do Jardim Imperial, que teve uma explosão de desenvolvimento após a instalação dos Condomínios Belvedere e outros residenciais, atraindo investimentos no comércio, o que fez multiplicar o valor do metro quadrado.
– 2024 – R$ 6.099
– 2023 – R$ 5.529
– 2022 – R$ 5.003
Fonte: FipeZAP
– Financiamento subiu 20,11% de 2023 para 2024, chegando a R$ 847 milhões.
– Unidades financiadas subiram para 26,86%, contra 24,68% em 2023.
– O financiamento representou 27,24% do total transacionado, um crescimento de 13,19%.
Fonte: Secovi-MT
Fonte: hnt
