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Identificando e lidando com pessoas invejosas: dicas essenciais!

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A inveja é um daqueles sentimentos que ninguém gosta de admitir — talvez porque ele nos coloca cara a cara com o que temos de mais frágil.

Não por acaso, Leandro Karnal começa sua reflexão dizendo que a inveja é sempre um pecado envergonhado.

Mas o que muitos não percebem é que ela raramente surge diante de grandes ídolos, celebridades ou figuras distantes.

A inveja é íntima. Ela mira quem está ao nosso lado: o vizinho, o colega de trabalho, o irmão.

Neste artigo, vamos explorar com profundidade esse sentimento tão humano e, ao mesmo tempo, tão negado.

Com base em uma palestra provocadora, você vai entender por que a inveja é muito mais sobre você do que sobre o outro.


Karnal faz uma distinção fundamental: cobiça é querer o que o outro tem; inveja é sofrer porque o outro tem.

Você pode olhar a casa de alguém e pensar: “Quero uma assim pra mim.”

Isso é cobiça — e pode até te motivar. Mas se o sucesso do outro te causa dor, se a felicidade alheia te entristece… aí mora a inveja.

E ao contrário do que muita gente diz por aí, não existe “inveja branca”. Toda inveja carrega uma ponta de ressentimento.

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Tomás de Aquino definiu a inveja como tristitia boni alieni — a tristeza diante do bem alheio.

E essa é uma dor que nasce da comparação direta. Afinal, é fácil aceitar que um imperador romano tenha conquistado a Europa.

Difícil mesmo é lidar com o sucesso do irmão, do amigo, do colega da faculdade.

Segundo pesquisas, as pessoas não querem apenas ganhar bem — querem ganhar mais do que quem está ao lado.

Preferem um aumento menor, contanto que o outro não ganhe mais. É cruel, mas real.


A palavra inveja vem do latim invidere — não ver. O invejoso é alguém cego para si, que só enxerga o brilho do outro.

E por trás disso existe uma dor secreta: a de não gostar da própria história, da própria imagem, das próprias limitações.

A inveja é uma forma de fugir desse incômodo, de terceirizar o próprio fracasso.

Quando alguém diz “não fui feliz por causa da inveja dos outros”, geralmente está escondendo algo mais profundo: a dificuldade de assumir suas próprias quedas.


As Escrituras estão cheias de histórias movidas por inveja. Caim e Abel. Esaú e Jacó. José e seus irmãos.

E, no Novo Testamento, o famoso episódio do filho pródigo — cujo irmão, ao vê-lo acolhido com festa, reclama: “Eu sempre fui correto, e nunca ganhei nem um cabrito.”

Esse irmão representa todos que acham que “cumprir a regra” é suficiente.

Mas a inveja nasce quando vemos o outro ser amado, reconhecido ou feliz — mesmo que ele tenha errado.

A mensagem de Jesus é clara: a misericórdia vale mais que a lei. E isso incomoda profundamente quem mede amor com régua.


Para quem é religioso, a inveja revela uma falha grave: a não aceitação dos próprios talentos e limites.

Deus dá dons a cada um conforme o que pode carregar. Logo, invejar o dom alheio é não compreender o próprio papel.

Já do ponto de vista filosófico, a inveja fere a máxima de Sócrates: “Conhece-te a ti mesmo.”

Porque o invejoso vive voltado para fora, para o que o outro tem — sem olhar para dentro, para o que lhe falta.


Todos, em algum nível, nos comparamos. Isso é parte do que nos faz humanos. Mas o problema surge quando a comparação vira padrão absoluto.

Quem estuda mais do que eu é “obcecado”. Quem estuda menos, “relaxado”. Quem ganha mais é “metido”. Quem ganha menos, “fracassado”.

E assim vamos adaptando a régua do mundo… sempre com base em nós mesmos.

Segundo Karnal, essa lógica nos coloca como centro do universo. E tudo que foge ao nosso eixo vira ameaça.

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É dor de não ter, de não ser, de não suportar ver alguém próximo alcançar o que ainda não conseguimos.

Por isso, reconhecer a inveja em si é um passo raro — e poderoso.

Requer coragem para se encarar, humildade para admitir falhas e disposição para evoluir.

Porque no fundo, a inveja é um convite. Um convite à autoanálise.

Um espelho incômodo que pode, sim, revelar caminhos para o autoconhecimento.


Conclusão: ver a si mesmo é o maior antídoto

A inveja é um sentimento silencioso, comum e muitas vezes negado. Mas quanto mais você entende sua origem — na comparação, na cegueira sobre si, na dor de não se sentir suficiente — mais liberdade você conquista.

Ao invés de perguntar “por que ele tem o que eu não tenho?”, talvez valha inverter: “por que eu sinto dor com o brilho do outro?”

Essa resposta, quando bem olhada, pode iluminar áreas da sua vida que você nunca tinha enxergado. E é aí que começa a verdadeira cura.

Fonte: curapelanatureza

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