José Edson Douglas Galdino Santos foi condenado a 43 anos, seis meses e 20 dias de reclusão, mais 10 meses e 15 dias de detenção e ao pagamento de 68 dias-multa pelos crimes de homicídio qualificado, estupro, abandono de incapaz e ocultação de cadáver.
O réu foi julgado pelo Tribunal do Júri da comarca de Diamantino, a 208 km de Cuiabá, no dia 3 de outubro, pela morte da companheira Lorrane Cristina Silva de Limas com 12 golpes de faca. Conforme a decisão, o réu não poderá recorrer em liberdade.
A sentença estabelece ainda indenização por danos morais no valor de R$ 50 mil para cada um dos dois filhos da vítima a ser paga pelo réu. Esse valor deverá ser depositado em conta bancária e ficará disponível para os menores quando atingirem a maioridade civil, aos 18 anos.
A medida visa compensar o sofrimento psicológico e emocional causado pelo crime, especialmente por terem presenciado o feminicídio e permanecido por cerca de 48 horas ao lado do corpo da mãe.
A promotora de Justiça Rhyzea Lucia Cavalcanti de Morais, que atuou no plenário do Tribunal do Júri, destacou o apoio institucional prestado pelo Poder Executivo do Município de Diamantino, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, e pela Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, por meio da procuradora Especial da Mulher na ALMT, deputada Janaina Riva.
Além disso, foi realizado pela Secretaria de Estado de Justiça de Mato Grosso o recambiamento do acusado da Cadeia Pública de Redenção, no Pará, para o Estado de Mato Grosso, o que possibilitou que ele estivesse presente fisicamente no plenário.
Conforme denúncia do Ministério Público de Mato Grosso, o crime ocorreu em março de 2024 e foi motivado por ciúmes. O réu, José Edson Douglas Galdino Santos, utilizou meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, além de ter cometido o crime no contexto de violência doméstica, na presença dos filhos menores da vítima.
Ele desferiu 12 golpes de faca contra Lorrane Cristina e, após o homicídio, cometeu violência sexual. Em seguida, trancou os dois filhos da vítima, de 7 e 5 anos, dentro da residência com o corpo da mãe por cerca de 48 horas. O réu ainda ocultou o cadáver ao trancar a casa, dificultando a descoberta do crime.
Fonte: odocumento