Tem prato que nasce da curiosidade e acaba virando tradição na cozinha. Mocotó de frango é exatamente assim: diferente, surpreendente e com muitas possibilidades quando bem preparado.
Eu sei que não é tão comum esse prato no nosso dia a dia, mas hoje eu quero te convidar a dar uma chance. Tenho certeza que depois que você experimentar, essa receita vai direto para o seus favoritos. Bora lá descobrir esse sabor? Vem comigo.
Receita de mocotó de frango bem temperado
Ingredientes
- 1 kg de pés de frango bem limpos
- Suco de 1 limão
- 3 dentes de alho amassados
- 1 cebola grande picada
- 1 tomate maduro picado
- 1 colher (chá) de colorau ou páprica doce
- 1 folha de louro
- Sal e pimenta-do-reino a gosto
- Cheiro-verde picado (a gosto)
- Água quente quanto baste
- 1 fio de óleo ou azeite
Modo de preparo
- Antes de tudo, comece lavando bem os pés de frango. Esfregue com limão, enxágue e retire qualquer excesso de pele ou sujeira.
- Em uma panela grande (ou de pressão), aqueça o óleo e refogue a cebola até ficar macia. Em seguida, entre com o alho e mexa só até perfumar.
- Acrescente então o tomate, o colorau, o louro, o sal e a pimenta. Deixe o tomate desmanchar e formar um fundo úmido.
- Junte os pés de frango, misture bem para envolver no refogado e cubra com água quente.
- Na panela de pressão, conte cerca de 30 a 35 minutos após pegar pressão. Em panela comum, o tempo sobe para 1h20 a 1h30, sempre em fogo médio.
- Por fim, ajuste o sal, finalize com cheiro-verde e observe a textura: o caldo deve estar espesso e os ossos começando a se soltar naturalmente.
Mocotó de frango precisa ir na pressão ou dá pra fazer em panela comum?
Bom, a resposta curta: os dois funcionam. A diferença está no tempo e no controle do caldo.
Na panela de pressão, o mocotó de frango ganha agilidade. O colágeno é liberado mais rápido, o caldo encorpa em menos tempo e o resultado costuma ser bem uniforme.
É ideal pra quem quer praticidade sem perder textura. Ainda assim, é importante não exagerar no tempo. Passou muito, o caldo até engrossa demais, mas a carne perde identidade.
Já na panela comum, o preparo é mais demorado, porém oferece outro tipo de controle. Dá pra observar a evolução do caldo, ajustar a água aos poucos e sentir o ponto com mais calma.
O segredo aqui é manter o fogo médio e não deixar ferver de forma agressiva. Fervura intensa quebra o caldo e deixa o resultado turvo.
Resumo prático:
- Pressão: mais rápido, 30-35 minutos
- Panela comum: mais controle, 1h20 em média
Em ambos os casos, fogo equilibrado é essencial. Mas, a escolha depende do seu ritmo de cozinha. Nenhuma opção é “melhor” por si só, o cuidado é que manda.
Dá para engrossar o caldo de mocotó de frango sem usar farinha?
Engrossar o caldo sem farinha é totalmente possível e, na real, costuma deixar o resultado do mocotó de frango mais natural e equilibrado.
O colágeno liberado pelos pés de galinha já cria uma base encorpada, mas dá para intensificar essa textura com alguns truques simples:
- Aproveitar a batata do preparo: amasse um ou dois pedaços depois de cozidos e misture no caldo, deixando que o amido se incorpore devagar.
- Evaporar o excesso de água: nos minutos finais, mantenha a panela aberta e deixe o fogo médio; a redução concentra sabor e espessa o caldo.
- Usar os legumes a seu favor: cozinhar por mais alguns minutos permite que as fibras dos vegetais se misturem ao líquido, criando corpo extra.
- Descansar o caldo depois de pronto: ao esfriar, a textura naturalmente aumenta, no dia seguinte fica ainda mais denso.
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Conclusão
O mocotó de frango é daqueles pratos que ensinam na prática a importância do tempo, da observação e dos pequenos ajustes ao longo do preparo.
Não é sobre seguir regras rígidas, mas sobre entender o comportamento do caldo, sentir o ponto e respeitar o ingrediente. Quando o cozimento acontece do jeito certo, o prato entrega corpo, textura e um sabor que se sustenta sozinho.
Se for sua primeira vez, vá com calma, observe os sinais e confie mais no olhar e na colher do que no relógio.
Com o tempo, esse preparo deixa de ser “receita” e vira repertório. E isso, no fim das contas, é o que transforma qualquer cozinha num lugar vivo de verdade.
Não deixe de experimentar e até a próxima!
Fonte: espetinhodesucesso






