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Grávida de 6 meses em morte cerebral é mantida viva para salvar bebê: um ato de amor materno extraordinário

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Da Redação

A jovem Joyce Sousa Araújo, de apenas 21 anos, está sendo mantida viva por aparelhos após ter sofrido morte cerebral, que foi decretada em 1º de janeiro. Ela está grávida de seis meses e ficará internada até o final do mês, quando o parto do bebê prematuro será realizado.

Joyce está internada na Santa Casa de Rondonópolis (a 218km de Cuiabá). Ela teve uma dor de cabeça intensa em 20 de dezembro do ano passado e foi internada na unidade de saúde por conta do rompimento de um aneurisma cerebral, que se desenvolveu silenciosamente.

“A Joyce, tecnicamente, já faleceu. Como ela está no final da gestação, isso é feito na intenção de salvar o bebê, é uma excepcionalidade. No geral, quando fecha o diagnóstico de morte cerebral, é decretado o óbito e desligamos os aparelhos”, explica o neurocirurgião Victor Hugo Espíndola, de Brasília.

De acordo com o obstetra da Santa Casa, Pedro Luiz Silva, a gestação está por volta da 26ª semana, o que é considerado um período adequado, no entanto, o bebê precisaria de todo o suporte da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O objetivo é que a criança dependa o mínimo possível da UTI e se desenvolva em boas condições de saúde.

“Temos tentado ganhar alguns dias para que ele consiga sobreviver e diminuir a chance de ter alguma sequela devido à situação de nascer muito antes do tempo, para que tenha condições de chegar melhor na UTI”, explicou.

Agora, a família busca recursos por meio de doações para levar o corpo de Joyce de volta a Estreito, na fronteira do Maranhão com Tocantins, a cidade natal dos dois, após o nascimento do bebê.

Para ajudar com doações, a chave Pix é o CPF 63642664369.

Gestações com morte cerebral

A manutenção da gestação de pacientes com morte cerebral costuma ser adotada pela equipe médica sempre que possível para tentar preservar a vida do bebê. Entretanto, há uma série de desafios envolvidos.

Uma pesquisa publicada na revista Cureus em 2023 avaliou 35 casos semelhantes aos de Joyce. Em 27 situações, os bebês chegaram ao término previsto da gestação, mas oito não sobreviveram. Entre os nascidos, quatro apresentaram complicações graves ou faleceram logo após o parto.

Isso ocorre porque a maioria das gestantes mantidas vivas (70%) desenvolvem infecções graves, como pneumonia e sepse, durante a gestação. Outras 63% enfrentaram problemas circulatórios, segundo o mesmo estudo.

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Fonte: unicanews

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