Sophia @princesinhamt
PolĂ­tica

Governo Lula planeja criar agĂȘncia reguladora para o mercado de carbono: saiba mais!

2025 word2
Grupo do Whatsapp CuiabĂĄ

O desenvolve uma proposta para criar uma agĂȘncia reguladora responsĂĄvel pela administração do mercado de carbono no Brasil. A informação foi divulgada nesta quinta-feira, 6, pelo jornal Folha de S.Paulo.

A medida jĂĄ foi apresentada ao ComitĂȘ Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM), que reĂșne 21 ministĂ©rios com a Advocacia-Geral da UniĂŁo (AGU). A iniciativa ainda precisa ser analisada pela PresidĂȘncia da RepĂșblica antes de seguir para o Congresso Nacional.

O Congresso aprovou a criação do mercado de carbono no fim de 2024, mas a definição de quem gerenciaria o sistema causou atrasos. A ĂĄrea tĂ©cnica do MinistĂ©rio da Fazenda defende a ideia de que a criação de uma nova agĂȘncia reguladora Ă© essencial, por causa da complexidade tĂ©cnica e da necessidade de autonomia na gestĂŁo desse mercado.

A governança do sistema inclui um ĂłrgĂŁo gestor, o CIM, e um comitĂȘ tĂ©cnico, com representantes da UniĂŁo, dos Estados, da academia e da sociedade civil.

A proposta sugere que a nova agĂȘncia esteja vinculada ao MinistĂ©rio da Fazenda, porĂ©m outros ministĂ©rios, como o de Meio Ambiente, podem querer participar da governança. No mercado de carbono, o governo definirĂĄ metas de emissĂ”es de gases de efeito estufa para empresas.

Se as metas não forem cumpridas, as empresas precisarão comprar cotas ou vender créditos de carbono caso suas reduçÔes de emissão excedam o necessårio. Esse sistema também permitirå a compra de créditos de projetos de conservação florestal e reflorestamento.

AlĂ©m disso, a comercialização de Cbios, que sĂŁo crĂ©ditos adquiridos por distribuidoras de combustĂ­veis para compensar emissĂ”es, serĂĄ regulada conforme metas da AgĂȘncia Nacional do PetrĂłleo, GĂĄs Natural e BiocombustĂ­veis (ANP).

Denominado Sistema Brasileiro de Comércio de EmissÔes, o mercado de carbono deve começar a operar até o fim de 2029. A expectativa é que gere receitas significativas, das quais 75% serão destinados ao Fundo Nacional sobre Mudança do Clima; 5%, para povos indígenas e comunidades tradicionais; e 15%, para a operação e a manutenção do sistema.

Segundo a Folha, a futura agĂȘncia de carbono poderĂĄ movimentar bilhĂ”es de reais anualmente, mas existe preocupação sobre a utilização desses recursos por causa da legislação, que permite ao governo federal utilizar 30% das receitas de agĂȘncias reguladoras livremente.

Para evitar impactos negativos na nova agĂȘncia, os tĂ©cnicos do governo confiam em que a legislação de desvinculação, vĂĄlida atĂ© 2032, protegerĂĄ seu Orçamento. Cristina Reis, subsecretĂĄria de Desenvolvimento EconĂŽmico SustentĂĄvel, afirmou que “a Fazenda sempre se pĂŽs Ă  disposição para receber essa agĂȘncia”.

Fonte: revistaoeste

Sobre o autor

Avatar de Redação

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidåria que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.